Num momento em que aumentam as vozes que pedem sua renúncia, o secretário de Defesa americano, Donald Rumsfeld, resolveu se defender e declarou que o Pentágono está fazendo tudo que é possível para que suas tropas sejam bem equipadas.

Questionado sobre a declaração de que "a pessoa vai à guerra com as armas de que dispõe, não com as que deseja ter", Rumsfeld afirmou que "as forças americanas devem ter o equipamento de que necessitam e o departamento está trabalhando duro para assegurar que o obtenham".

O secretário acrescentou que a produção de veículos blindados aumentou em mais de 1.000% desde meados de 2003.

Durante uma visita ao Kuwait no último dia 8, Rumsfeld enfrentou uma das mais intensas sessões de perguntas e respostas com as tropas americanas desde o início da guerra no Iraque, em março de 2003.

"Nossos veículos não estão blindados. Recuperamos pedaços de lataria e vidro à prova de balas de nossos veículos antes de ir para combate", denunciou um membro da Guarda Nacional do Tennessee, Jerry Wilson.

Rumsfeld respondeu na ocasião que examinaria as questões de segurança dos comboios americanos e que todo blindado disponível havia sido despachado para o Iraque.

"Não é uma questão de dinheiro. É uma questão de produção e capacidade de produção. Como vocês sabem, as pessoas vão à guerra com o exército de que dispõe e não com o que desejariam ter", afirmou.

Rumsfeld recordou o incidente e disse que a pergunta do soldado foi justa e que compartilhava da impaciência do militar.

"As forças armadas americanas precisam adaptar seu equipamento aos desafios desta era", acrescentou, dando como exemplo o fato de que os rebeldes iraquianos se adaptaram a um exército móvel e mais flexível "atacando as forças da coalizão com bombas nas estradas".

"Nossas forças também se adaptaram a estas novas táticas com uma variedade de mudança em seus procedimentos e aumentando a produção de veículos blindados de 35 a 450 por mês", explicou.

Segundo pesquisas realizadas, a popularidade de Rumsfeld caiu de 71% a 41% desde abril de 2003.

De qualquer maneira, o presidente George W. Bush voltou a apoiar seu secretário de Defesa durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira.