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Oposição ouve sozinha pedido de impeachment de Yeda
02/10/2009 | 07:45
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Apenas sete dos 29 integrantes da comissão que avalia a admissibilidade do pedido de impeachment contra a governadora Yeda Crusius (PSDB) participaram de reunião extraoficial, ontem, promovida pela bancada da oposição para

ouvir representantes dos sindicatos que fizeram a proposta, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Por duas horas, os sindicalistas e deputados presentes reiteraram que há evidências para o parlamento investigar se a tucana sabia, encobriu e se aproveitou da fraude que desviou R$ 44 milhões do Detran entre 2003 e 2007, sobretudo por depoimentos e conversas gravadas pela Polícia Federal que mostram aliados identificados como participantes das irregularidades citando a governadora em linguagem cifrada ou ameaçando delatá-la.

Tanto o presidente da comissão especial, Pedro Westphalen (PP), líder do governo na Assembleia, como a relatora, Zilá Breitenbach, presidente do PSDB no Estado, já indicaram que vão usar a interpretação da procuradoria da Casa para não fazer reuniões.

O parecer pela rejeição pode ser apresentado ainda antes do prazo, previsto para 9 de outubro, para evitar desgastes ao governo. Westphalen e Zilá acreditam que não há provas suficientes para admitir processo contra a tucana.

Diante da derrota certa, os autores da proposta seguiram provocando a base governista a investigar o caso tanto para responsabilizar, em caso de culpa, quanto para absolver a governadora, em caso de inocência, e acabar com as suspeitas levantadas desde a CPI do Detran, no ano passado. "Se o pedido for rejeitado sem debate e sem investigação, ficará para a história que os atuais deputados não cumpriram seu papel de fiscalizar", afirmou a presidente do Sindicato dos Professores, Rejane Oliveira.

Nenhum deputado da situação estava na reunião. Zilá e Westphalen não retornaram as ligações.

AGRESSÃO - A presidente do Sindicato dos Professores também contou ter sido vítima de "estranha" agressão quando se aproximava da sede da entidade, na noite de quarta-feira.

Segundo Rejane, passageiro de um carro branco, sem placas, tentou laçá-la enquanto caminhava na calçada da Avenida Alberto Bins, no centro de Porto Alegre. A corda chegou a acertar o abdome e uma perna da sindicalista, além de jogar sua bolsa ao chão. Para ela, que iria a uma delegacia registrar ocorrência, há clima de perseguição e intimidação aos sindicalistas no Estado.




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