Encarando o clássico como uma partida de vida ou morte, o técnico do Corinthians, Wanderley Luxemburgo, faz mistério sobre a escalação e, durante a semana, chegou a proibir que os cinegrafistas registrassem as jogadas de bola parada que ensaiou com os jogadores. Apesar de empolgado por ter quebrado a longa série de 11 meses sem vitória fora de casa e reacender as esperanças de classificação, Luxemburgo sabe que uma derrota deste domingo pode significar o retorno da crise para o Parque São Jorge.

Durante a semana, o treinador testou várias formações para o time, que terá os desfalques do zagueiro Scheidt, do lateral André Luiz e do volante Marcos Senna, todos suspensos pelo segundo cartão amarelo. Os substitutos devem ser Fábio Luciano, Kléber e Otacílio. Além disso, Rogério deve atuar na lateral-direita, deixando Índio no banco. Com isso, Pereira pode começar jogando, assim como Éwerthon, que deve formar o ataque ao lado de Luizão, no lugar de Paulo Nunes.

O Diabo Loiro, no entanto, se diz preparado para entrar jogando. “Estou pronto para provar meu valor”, disse o jogador, que nos últimos 15 dias foi submetido a treinamento especial para readquirir a forma física ideal.

Longe das incertezas que cercam o adversário, o Santos pretende investir no desespero do Corinthians para vencer o clássico e se reabilitar definitivamente no campeonato. “Estamos numa situação mais folgada e podemos utilizar isso em busca de um bom resultado”, comentou o técnico Geninho, que também prepara algumas surpresas para Wanderley Luxembugo. Tanto que evitou ao máximo comentar sobre a escalação da equipe.

O mais provável é que o Santos adote um sistema defensivo mais forte, abandonando o esquema 3-5-2 que vem adotando para levar a marcação mais para o meio-de-campo. Assim, três volantes – Claudiomiro, Paulo Almeida e Renato – devem atuar no setor.

Na frente, Geninho aposta na velocidade de Dodô, que irá completar 100 jogos com a camisa do Peixe. Rodrigão deve ficar como opção no banco, após ter desfalcado a equipe na vitória contra o Anapolina.