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Seleção Brasileira vence Peru por 2 a 0
Edélcio Cândido
Do Diário do Grande ABC
15/07/2001 | 22:40
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A Seleção Brasileira precisou resgatar uma pequena pitada de seu futebol-arte para derrotar o frágil Peru por 2 a 0, neste domingo à noite, no estádio Pascual Guerrero, em Cáli, na Colômbia. Enfim, o time não arrancou suspiros, mas se soltou, saiu do fundo do poço, ganhou mais confiança e afastou fantasmas que atormentaram o grupo depois de quatro derrotas seguidas. Se perdesse, o Brasil igualaria a marca desastrosa só ocorrida em 1914, e aí cairia de vez no descrédito de todos.

Com a magra vitória, a primeira sob o comando de Luiz Felipe Scolari, com gols de Guilherme e Denílson, a seleção deu passo importante para passar à próxima fase da copa. O adversário de quarta-feira, pelo Grupo B, será o Paraguai, que empatou ontem com o México por 0 a 0. Para o técnico Felipão, o “Brasil fez um pouco do que sabe, jogou mais aguerrido e sem medo”.

Apesar da vitória, boa parte do primeiro tempo do duelo deste domingo foi a de uma partida monótona lembrando uma espécie de Botafogo x Madureira, num preguiçoso sábado à tarde, no Maracanã, pelo Estadual. Em uma das raras jogadas de lucidez da Seleção Brasileira, aos nove minutos Alex tocou para Guilherme, livre na esquerda, que pegou de primeira e chutou rasteiro – 1 a 0. De resto, o Peru não apertou o goleiro Marcos. Lobatón deu um chute aos 23 e, aos 25, Júnior caiu na área e exigiu pênalti que não existiu.

Pelo menos para o técnico Luiz Felipe Scolari, o futebol feio do Brasil estava de bom tamanho. Antes do jogo ele dizia que um “0 a 0 cairia como uma luva”. Satisfeito com a magra vantagem, o Brasil se conteve nos últimos dez minutos e o Peru cresceu no jogo, mas o ataque era ruim.

Mais solto – A seleção de Felipão teve lampejos de futebol-arte somente depois que entraram os Juninhos Paulista e Pernambucano. Denílson também foi importante para dar melhor toque de bola ao time, enquanto Beletti e Roque usaram mais as extremidades do campo. Sem Salazar, expulso, aos 21 minutos, por entrada dura em Juninho Paulista, o Peru tentou segurar o 1 a 0. Aos 32, Juninho Paulista chutou no travessão. Nos últimos 15 minutos, aí sim, a seleção de Felipão se soltou, trocou passes e deu olé. Denílson, aos 40, fez um belo gol ao penetrar pelo meio e em jogada pessoal chutar de curva, no canto direito do goleiro. Ufa! Era o fim do jejum de uma seleção desfigurada.

Com os resultados deste domingo, o Brasil depende só de um empate para garantir vaga à segunda fase. Para ser o primeiro do grupo, o Brasil precisa vencer o Paraguai e torcer para que o México não vença o Peru.




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