Sao duas provas contábeis da agência Metro Catabas do BNB, onde consta dois depósitos de R$ 3.245,50 (referentes a janeiro e abril) na conta do proprietário do imóvel alugado por Barroso na capital baiana, Milton Tosto. O pagamento foi autorizado pelo superintendente-administrativo do BNB, Paulo Roberto.
Barroso foi superintendente do banco de 1996 a 1999 e acusado de várias irregularidades, entre as quais, emprestar dinheiro a devedores da instituiçao a pedido de parlamentares do PFL e PSDB da Bahia e Minas Gerais. Em 1999, foi denunciado por diretores da empresa de assessoria GP Consult, de manter um esquema de cobrança de propina a clientes que buscavam empréstimos no banco. Barroso orientava os empresários a procurar a GP Consult para a elaboraçao dos projetos aos quais os empréstimos se destinavam, cobrando um porcentual.
Os diretores da GP que participavam do esquema e elaboraram cerca de 5 mil projetos decidiram denunciar o caso porque Barroso queria receber porcentuais cada vez mais altos. Depois que o escândalo estourou, ele foi afastado do cargo e demitido, mas parece ainda manter boas relaçoes com o BNB. "Imagine o absurdo, usar dinheiro público para pagar a mordomia de quem foi demitido por improbidade", protestou o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Alvaro Gomes.
A Superintendência Regional do BNB foi procurada na manha desta quinta-feira para saber por que a instituiçao paga o aluguel do ex-superintendente, mas o Setor de Recusos Humanos do banco, que se pronunciaria sobre o caso, nao havia se manifestado até à tarde.
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