A administração do prefeito José de Filippi Júnior (PT) enviará à Câmara de Diadema projeto que pede autorização dos vereadores para realizar convênio com cooperativas para implantar na cidade a coleta de lixo seletiva. A informação é do secretário de Obras, Habitação e Serviços Urbanos, Ricardo Perez. “No próximo dia 18, vamos fazer a apresentação do projeto ao prefeito”, disse.

Perez afirmou que a medida poderá dar emprego a, pelo menos, 350 famílias de cooperados. A medida, segundo o secretário, faz parte do Programa de Planejamento Integrado de Resíduos Sólidos. “Vamos otimizar a coleta de lixo seletiva em 100% da cidade”, disse. Hoje, o programa abrange apenas 5% de Diadema.

Perez acrescentou que o programa envolve a construção de 15 estações de reciclagem. “Em janeiro próximo, entregaremos três delas. As estações serão operadas por cooperativas.”

Muitas pessoas que atuarão nesse projeto eram catadores de lixo no extinto Lixão do Alvarenga e hoje passam por cursos de reciclagem na Fundação Florestan Fernandes.

Custos – O secretário disse que o programa, principalmente na implementação das 15 estações de tratamento, custará R$ 350 mil. “O projeto também envolverá a questão da educação ambiental. Todas as cooperativas serão obrigadas a ter um trabalho educacional nas áreas onde atuarão”, disse.

Além do lixo tradicional, como vidro, papel e plástico, Perez disse que as estações terão espaço para o entulho de construção. “Diadema não tem uma área para bota-fora. É totalmente urbanizada. Os espaços livres encontram-se em áreas de mananciais e por isso não se pode jogar nada. A partir desse projeto haverá onde colocar o entulho.”

O secretário afirmou que o projeto que estabelece convênio tem de passar pela Câmara, porque as cooperativas atuarão em áreas públicas. Ele disse que o projeto de Diadema será diferente das demais prefeituras da região. “As outras administrações trabalham com empresa contratada e, por isso, o custo é altíssimo. O benefício social também é menor, pois emprega menos famílias.”