Dois dias depois do golpe militar que o tirou do poder, o primeiro-ministro da Tailândia, Thaksin Shinawatra, pediu nesta quinta-feira em Londres a convocação de eleições rápidas em seu país e anunciou que tomará "um merecido descanso" da vida política.
"Esperamos que o novo regime organize rapidamente eleições gerais e conserve os princípios da democracia para o futuro de todos os tailandeses", disse Thaksin em declaração divulgada em Londres por seu secretariado.
Thaksin, que obteve há 18 meses uma fácil vitória, apareceu sorridente e na curta conversa com os jornalistas se limitou a anunciar o plano de se retirar da política por meio de uma declaração escrita. "O doutor Thaksin prevê trabalhar na pesquisa e desenvolvimento e em possíveis obras de caridade na Tailândia", acrescenta o texto divulgado por seu secretariado.
O doutor Thaksin "pede que todos os partidos políticos encontrem as vias de reconciliação e trabalhem em prol da reconciliação nacional, para o bem do rei e do país".
O ex-premiê chegou na quarta-feira à noite a Londres, após deixar Nova York, onde deveria participar da Assembléia Geral das Nações Unidas e soube do golpe militar.
Educado nos Estados Unidos, Thaksin, vem de uma família de comerciantes de seda, sua fortuna o converteu no homem mais rico da Tailândia. Popular em grande parte do país, o ex-premiê obteve também fortes inimizades. Em Bangcoc, os militares indicaram que não são contra o retorno de Thaksin ao país, mas ele corre o risco de ser processado por corrupção.
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