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Químicos fazem paralisação na região
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
21/10/2009 | 07:00
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O início das negociações da campanha salarial deste ano da categoria química na região foi marcado ontem pela paralisação de 700 trabalhadores, atrasando em uma hora a entrada do turno da manhã no Polo Petroquímico de Capuava.

Com data-base em 1º de novembro, o ato aconteceu poucas horas antes da primeira rodada de negociações da pauta de reivindicações de 2009 da categoria química no Estado de São Paulo com o Ceag-10 (Comissão de Estudos e Assessoria do Grupo 10 da Fiesp), realizada às 10h, no centro de São Paulo.

Segundo o presidente do Sindicato dos Químicos do Grande ABC, Paulo Lage, neste ano a categoria reivindica reajuste de 10% (reposição da inflação mais aumento real de 5,94%); salário-base de R$ 900; PLR (Participação nos Lucros e Resultados) no valor de dois salários-base; redução da jornada para 40 horas semanais sem queda de salário e processo de qualificação profissional para pessoas com deficiência.

Porém, logo no início da primeira rodada de negociações, os representantes patronais informaram que só discutiriam as cláusulas econômicas dia 30, devido ao calendário de assembleias empresariais. Assim, os pontos colocados na mesa limitaram-se à redução da jornada e à qualificação profissional para deficientes, que sinaliza para uma proposta de consenso entre as partes.

A redução da jornada foi negada logo no início da reunião. Os empresários argumentaram que os 12 segmentos do ramo químico não têm condições de absorver o aumento nos custos gerado pela redução para 40 horas.

As manifestações estão ocorrendo desde o início de outubro. Porém ontem houve a presença de 200 sindicalistas, carros de som, bexigas, cartazes, bandeiras, balões e banda musical.

"Fizemos isso para tentar acordo com o lado patronal. Porém, é um setor atrasado em termos de negociação. Infelizmente, os acordos com as empresas não são fáceis." Lage afirma que "agora é hora de mobilizar e garantir a pressão necessária para uma campanha salarial vitoriosa".

A próxima rodada de negociações foi agendada para dia 30, também em São Paulo. Até a data, a categoria continuará a realizar manifestações. No caso de não haver nenhum acordo entre as partes, os funcionários podem entrar em greve. "Estou trabalhando com a hipótese de haver paralisação total, sim. Afinal, como já sei, as empresas químicas não negociam, não são a favor de acordos para melhoria da base, infelizmente", disse Paulo Lage.




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