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Projeto enriquece iniciativa de escola
Vanessa Soares
Luana Arrais
17/08/2011 | 07:09
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Uma coincidência marcou ontem o segundo dia de provas do 5º Desafio de Redação, que teve ontem o segundo dia em Mauá. O tema deste ano do projeto promovido pelo Diário tem tudo a ver com a proposta sobre profissões que a escola Profª Therezinha Sartori, na Vila Noêmia, desenvolve com os alunos desde o início do ano.

Voltado para estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Médio, o projeto da escola já promoveu várias palestras sobre profissões de todas as áreas. "Achei o tema da redação deste ano muito importante, porque nossa escola já vinha abordando o assunto com os alunos e o projeto veio acrescentar ao nosso trabalho, como todo ano o Diário faz", afirmou a diretora Rita de Fátima Solo.

O aluno do 5º ano do Ensino Fundamental Guilherme Azevedo, 10 anos, pesquisou a fundo a profissão que pretende seguir. "Quero ser engenheiro de petróleo, porque daqui a dez anos o mercado vai precisar de mais ou menos 250 mil trabalhadores nessa área. Vou ter que estudar muito, mas vai valer a pena."

Já para o colega de classe Giovani Vioto, 11, o tema é importante porque incentiva a refletir sobre o futuro desde cedo. "Melhor começar a pensar agora porque posso pesquisar e não ficarei com dúvidas." 

DÚVIDAS
Os alunos das escolas Profº Antonio Messias Szymanski, Hans Grudzinski, Profº Ariovaldo Pupo Amorim, Profª Maria Teresinha Jorge Amorim, Profª Ezilda Nascimento Franco, Emiko Fujimoto e Luis Washington Vita também participaram das atividades de ontem.

"A maioria dos meus colegas ainda está confusa", apontou a aluna Jessika Soares, 16, da Antonio Messias Szymanski. Mas ela já decidiu qual a profissão de seu futuro nas aulas de química. Porém, é grande o número de jovens que não sabem qual caminho seguir, sobretudo os meninos.

Profissões do pré-sal, indústria do petróleo e gás, tema da redação para os alunos do 3º ano do Ensino Médio empolgou Jessika por já gostar da área. "A professora falou bastante sobre o pré-sal nas aulas." Um guia de profissões com destaque para o campo do petróleo e gás também ajudou a aumentar o interesse.

No entanto, são poucos os garotos que demonstram a empolgação de Jessika com o futuro. É o que percebeu a professora de Português Ligia Escarpini, 29, que trabalhou o tema Profissões do futuro com seus alunos da 8ª série. "Os meninos ainda querem ser jogador, mas as meninas já caíram na real e pensam em profissões tradicionais." Segundo Ligia, engenharia, psicologia e nutrição são as áreas mais apontadas pelas garotas.

 

Farmacêutico vai do balcão de atendimento para o laboratório 

Farmacêutico é uma das profissões mais antigas do mundo, mas se reinventou com o desenvolvimento da sociedade. Hoje, a atuação vai muito além do atendimento no balcão, da venda de remédios e da aplicação de injeções. O farmacêutico pode trabalhar com pesquisa e desenvolvimento, consultoria técnica, regulamentação e manipulação.

Segundo o vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, Marcelo Polacow, 44 anos, o Brasil é o oitavo maior mercado farmacêutico do mundo, e caminha para ser o quinto. Apenas no Estado, há 50 mil profissionais cadastrados, um terço de todos os farmacêuticos do País. O piso salarial deste profissional é de R$ 2.000.

Polacow sabia desde criança que queria estar entre estes profissionais. "Quando tinha 10 anos, ganhei um microscópio de presente. Gostava de pegar os cosméticos da minha mãe e manipular. Ela é que não gostava muito."

A carreira do profissional se voltou para o lado acadêmico. Fez mestrado e doutorado em farmacologia e hoje, além da vice-presidência do conselho, ministra aulas no curso de Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Medicina do ABC.

Para Polacow, com os avanços da medicina e do conhecimento do mapa genético humano, pode-se descobrir a cura de doenças. "O sonho de todo jovem que ingressa nesse campo é ajudar a salvar vidas. São desafios estimulantes." 

QUALIDADE
Não é só na área de pesquisa que o profissional formado em Ciências Farmacêuticas encontra oportunidades. A farmacêutica de desenvolvimento e marketing Jéssica Coslovich Guerra, 29, atua em distribuidora de insumos farmacêuticos, cosméticos e alimentícios. A profissional não só vende os produtos, mas explica como é utilizado, sugere formulações e cuida da legislação e controle de qualidade.

E não é só a graduação que dá chance de emprego. O técnico em farmácia encontra vasto campo de atuação e pode ganhar até R$ 2.500. Formado pelo Senac-SP em 2008, José Edmar de Araújo, 34, conseguiu emprego quatro meses depois de concluir o curso.

"Trabalhava na área de produção de indústria alimentícia e consegui dobrar meus rendimentos após um ano e meio do curso técnico." Hoje, Araújo atua na farmácia de um posto de Saúde. (Camila Galvez)




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