O “círculo de influência” do esquema de compras ilegais de ambulâncias por meio de emendas parlamentares com recursos do Orçamento pode ser descoberto analisando os extratos bancários encontrados na casa do dono da Planam, Luiz Antônio Trevisan Vedoin. A tese é do sub-relator da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Sanguessugas, deputado Paulo Rubem Santiago (PT-PE).
Segundo o deputado, os extratos podem revelar as empresas que teriam recebido dinheiro a pedido de Abel Pereira, citado por Vedoin como um intermediário das licitações do Ministério da Saúde na época em que Barjas Negri era ministro, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Neste período, “era fácil conseguir as emendas, foi a época em que a Planam aumentou os contatos”, afirmou Santiago. Segundo a CGU (Corregedoria-Geral da União), a Planam teve convênios no valor total de R$ 27 milhões em 2002, um montante de cerca de 30% maior em relação ao total apurado desde antes de 2000.
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