O Corinthians precisa vencer o segundo jogo por dois gols de diferença para consagrar-se campeão brasileiro pela quarta vez. Por ter terminado à frente do adversário na fase de classificação - o Timão foi o terceiro e o Santos oitavo colocado - o clube do Parque São Jorge tem a vantagem de jogar por dois empates.
A última ocasião que o Peixe conquistou um título de expressão foi em 10 de dezembro de 1984, quando a equipe do então Serginho Chulapa ganhou o Campeonato Paulista.
Logo no terceiro minuto, o Santos deu uma demonstração do que seria o jogo. Diego lançou Alberto por cima da zaga corintiana, mas o juiz Antônio Pereira da Silva marcou impedimento. Jogando solto, os santistas – que tinham o mando de jogo, mas foram impedidos de atuar na Vila Belmiro devido à capacidade do estádio – partiram pra cima do Corinthians.
A movimentação constante do ataque santista dificultava a marcação. Mas foi apenas aos 15 minutos que o esforço surtiu resultado. Diego deu um passe perfeito para Alberto, que invadiu a área e só teve o trabalho de tocar na saída do goleiro Doni.
O zagueiro Sheidt, antes de sair para o intervalo, parabenizou o meia pelo bonito lance. “Diego trabalhou muito bem, conseguiu colocar a bola nas minhas costas. Está de parabéns”, disse.
Depois do gol, o time do Parque São Jorge equilibrou a partida. Comandado por Renato e Vampeta, que entrou em campo mancando levemente por causa de um corte na perna, o Corinthians apostava nas rápidas trocas de passe para tentar furar a forte marcação santista.
Dessa maneira, o Corinthians quase chegou ao gol aos 28 minutos, quando – depois de boa triangulação entre Vampeta, Renato e Guilherme - este, o artilheiro do time com 13 gols no Campeonato, definiu por cima da meta de Fábio Costa.
Após a primeira etapa, Gil sinalizava para o que deveria ser feito. “Com o campo escorregadio deveríamos segurar mais a bola”, disse o atacante. Vampeta compartilhava da idéia: “Temos que tocar mais a bola”, completou.
Na segunda etapa, o alvinegro da capital, em desvantagem no placar, se atirou mais ao ataque: aos 12 minutos Kleber cruzou, a bola tomou a direção do gol e passou rente à trave de Fábio Costa. O Corinthians, porém, não se esqueceu de sua principal característica, o paciente e burocrático toque de bola, marca do técnico Carlos Alberto Parreira.
O Santos passou a aproveitar os contra-ataques, sempre com Diego. Aos 15 minutos, o meia colocou Robinho de frente para o gol. O preciosismo do atacante, no entanto, que tentou driblar Doni, impediu o Santos de ampliar a vantagem.
Mesmo depois de duas substituições, Leandro entrou no lugar de Renato e Deivid saiu para a entrada de Marcinho, o time de Parreira não conseguiu apresentar o mesmo futebol das fases anteriores do Campeonato.
O atacante Alberto, que antes da partida havia dito que esse era o vôo mais importante de sua carreira, recebeu o terceiro cartão amarelo e desfalcará o Santos na decisão. Alberto simulou uma penalidade máxima aos 28 minutos.
A dois minutos do fim do jogo, Robinho lançou Renato. O volante, considerado um dos melhores jogadores em campo, tocou por cima de Doni e ampliou a vantagem da equipe santista para o segundo e decisivo jogo.
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