Como está sendo fotografar Velho Chico?
Todo trabalho com o Luiz Fernando encerra seu conceito e seu desafio. Aqui era fazer a fotografia de cinema. O bom do Luiz Fernando é que leva a gente a um patamar que nem sabemos que podemos atingir. É aprendizado e superação contínua.
Que história é essa de criar uma luz anímica, para expressar a alma dos personagens?
Ah, isso é um conceito dele. A luz é personagem e algo mais. Comecei com esse cara como assistente elétrico e ele me motivou de tal maneira que fui estudar. Fotografia, pintura. Em princípio, é uma coisa de louco. Captar a luz do céu, a do sertão, criar uma aura dourada e, ao mesmo tempo, uma textura terrosa. Como se trabalha tudo isso em um esquema industrial de TV? Cada dia é uma aventura, mas a finalização do Sérgio Pasqualino, que faz a marcação de luz, é fundamental.
O que se pode esperar da minissérie baseada em Milton Hatoum?
Dois Irmãos vai ser outra coisa. Outra textura, outra luz. Não o sertão. Manaus, a Amazônia. Mas o desafio é sempre criar a atmosfera.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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