A vitória jurídica do ex-vice-prefeito Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), que o liberou para concorrer à Prefeitura de Ribeirão Pires em outubro, mexeu com o cenário político da cidade às vésperas das convenções. Os nomes hoje colocados acreditam que o ingresso de Dedé na disputa possa embolar a concorrência.

Atual prefeito, Saulo Benevides (PMDB) elogiou Dedé. “O Dedé agora é mais uma opção para os eleitores. Uma boa opção, melhor do que alguém que não é da cidade”, afirmou o peemedebista, alfinetando o ex-prefeito de Rio Grande da Serra e adversário político Adler Kiko Teixeira (PSB) por conta de denúncia de que ele não residiria em Ribeirão Pires.

Kiko vem liderando todas as pesquisas de intenções de voto, a despeito de ter origem política na vizinha Rio Grande. Questionado sobre comparações entre essa disputa e o pleito de 2012, quando Dedé foi impugnado, Saulo disse não acreditar que haja semelhanças. “Acho que em 2012 não foi tão acirrado, 8.000 votos de diferença é bastante coisa em Ribeirão. E para qualquer prefeito que tente a reeleição há dificuldades por conta da crise política e econômica, mas acredito que temos uma vantagem (sobre Dedé) por conta do bom trabalho que fizemos na cidade.”

Companheira de chapa de Dedé em 2012, a ex-secretária de Educação e pré-candidata do PSDB em Ribeirão, Rosi de Marco, evitou falar sobre o que muda na eleição, se esquivando também de reedição da parceria. “Tudo aqui é possível (até nova aliança com o Dedé). Estou fazendo minha campanha na rua. Estamos conversando com ele, com o (Luiz Carlos) Grecco (PRB). Ontem (quinta-feira) encontrei o Dedé no Centro da cidade e não há nada de errado. Eu o respeito muito. Amizade não se mistura com campanha.

Kiko não retornou aos contatos da equipe do Diário para comentar o episódio envolvendo Dedé.