A Justiça indeferiu ação impetrada pelo Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Santo André que requer o pagamento antecipado da primeira parcela do 13º salário do funcionalismo por parte do governo Carlos Grana (PT). Diante do impasse da categoria com a Prefeitura, a entidade escancarou racha interno, que resultou, inclusive, em medida para derrubar o representante legal do órgão, Carlos Alberto Pavan. Ala da diretoria realizou sábado encontro extraordinário para deliberar outro nome na função.

Diretor de Saúde do Trabalho no sindicato, Jaime Batista foi definido na reunião como o novo representante. A iniciativa foi protocolada em cartório, que decidirá até dia 29 se a medida é legal. O bloco justifica a movimentação para destituir Pavan por ele supostamente ter assinado acordo coletivo de forma equivocada junto ao Paço. O procedimento, contudo, é considerado irregular pelo grupo do presidente “por falta de amparo jurídico”.

A direção é composta por 21 integrantes. A ala rival afirmou que dez componentes assinaram a ata do encontro. “Na verdade, hoje são 19 titulares, portanto houve maioria simples”, disse Jaime. Secretário de Administração do Paço, Antônio Leite (PT), falou que no documento entregue à Prefeitura conta adesões insuficientes para alterar o quadro. “Apresentaram lista. São oito assinaturas”, citou o petista. “Está em desacordo”, emendou Pavan. A eleição para o comando do Sindserv em setembro seria o pano de fundo da briga.

PROCESSO
O Sindserv entrará com recurso para tentar reverter decisão referente ao 13º. A gestão petista indicou, à Justiça, queda na arrecadação. Há estimativa de redução de R$ 80 milhões neste ano. O Paço sinaliza quitação em 30 de novembro.