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Wagner Oliveira
Enviado a Guarujá
17/08/2011 | 07:00
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Já era esperado, mas não deixa de ser estranho e surpreendente ver o símbolo da Fiat em um carro da Chrysler. Estranho porque o recém-chegado Freemont já é conhecido do público com o nome de Dodge Journey, além de não ter nada a ver com os atuais modelos que a Fiat oferece em sua rede de 560 concessionárias no País. Surpreendente porque, com retoques da engenharia nacional, o utilitário esportivo melhorou bastante - suspensão, motor e câmbio ficaram calibrados para suportar as condições brasileiras de rodagem.

Essas foram as primeiras impressões durante test drive com o Freemont no Guarujá, litoral paulista, semana passada. Por seu nível de conforto, segurança e tecnologia embarcada, o carro pode ser ótima opção para famílias, jovens casais e até solteiros. O veículo, que oferece possibilidade multiuso, parece bem preparado para enfrentar a concorrência e trazer bons índices de vendas para a Fiat, que espera comercializar até 1.500 unidades mensais do veículo.

Ainda que pareça meio caro, a Fiat decidiu vender o Freemont em apenas duas versões, a Emotion (cinco lugares) por R$ 86 mil, e a Precision (sete assentos em três fileiras de bancos), a partir de R$ 89,9 mil. A Fiat considera que, com esses valores, o Freemont entre para brigar e liderar o segmento onde concorrem Chevrolet Captiva, Honda CRV, Hyundai ix35, Kia Sportage, Mitsubishi ASX, entre outros.

Apesar das expectativas contrárias, o motor do Freemont agradou. Ele é o mesmo que equipa o PT Cruiser, da Chrysler, só que evoluiu. Ficou mais leve, forte e parece estar mais econômico - o crossover oferece o sistema eco, que acende luz verde no painel sinalizando o modo mais econômico de direção. A Fiat informa que o carro faz 9,1 km/l no ciclo urbano e 15 km/l na estrada. Vai de 0 a 100 km/h em 12,9 segundos.

Abastecido a gasolina, o motor de quatro cilindros rende 172 cv a 6.000 rpm. O torque máximo é de 22,4 mkgf a 4.500 rpm. Nas curvas entre Guarujá e Bertioga, o Freemont até que respondeu bem nas retomadas. É claro, poderia ter uma quinta marcha - mas para quem exige mais força do que economia, até que não parece tão imprescindível assim. A velocidade máxima informada pelo fabricante é de 190 km/h. Para um carro que tem comprimento de 4, 89 metros e entre-eixos de 2,89 metros, não é nada mau.

Recém-reestilizado interna e externamente pela Chrysler, o Freemont (que, pela Dodge, continuará sendo Journey, oferecido no mercado brasileiro com motorização de seis cilindros) tem pacote tecnológico, que convence aqueles que buscam veículos mais avançados. A sopa de letrinhas inclui ABS/ EBD/ BAS/ ESP/ASR/ ERM/ TSC, além de air bags frontais, ar-condicionado por zona, tela no painel com acionamento por toque dos dedos, entre outros itens de conforto.

Com linhas arredondadas, o painel tem um bom acabamento - a qualidade do material utilizado no revestimento do habitáculo é muito superior à média dos carros nacionais por ter sido pensado para concorrer no disputado mercado dos Estados Unidos. Nas duas versões, o veículo oferece controle de áudio e computador de bordo por teclas no volante, que tem empunhadura suave quando o acabamento é de couro e ajuste de altura e profundidade, facilitando o uso do carro por pessoas de várias estaturas.

Na versão testada pelo Diário, a terceira fileira de bancos não traz problemas no retrovisor. Mas os dois últimos assentos diminuem (muito) o espaço do habitáculo. O uso do porta-malas fica bastante limitado, mas mesmo nesta versão com sete assentos, o Freemont oferece a opção de rebatimento dos bancos, que pode fazer o espaço para malas e cargas variar de 145 litros a 2.301 litros.

Para quem não esperava tanto do Freemont, ele mostrou que pode ser mais que um Dodge Journey. Com isso, a junção da Fiat com a marca norte-americana parece ter começado bem no Brasil. Que a Fiat use o veículo como parâmetro para os seus próximos lançamentos.




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