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De malvado, ele só tem a cara
Vagner Aquino
Do Diário do Grande ABC
17/08/2011 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Não é de hoje que os crossovers caíram no gosto popular. De olho nisso, a Mitsubishi - que já tem a tradição de produzir carros robustos e ágeis no uso fora de estrada - resolveu unir outros atributos, como beleza, conforto e tecnologia, e bolar o ASX.

Desde a criação do conceito (em 2007), o modelo não mudou muito. De lá para cá as transformações mais visíveis ocorreram nas rodas e janelas laterais, que precisaram ter suas dimensões adequadas à realidade das ruas. Para batizá-lo, a montadora fez questão de traduzir seu espírito - ASX vem de Active Smart X-over.

Além de rápido, o trabalho de criação do ASX foi benfeito. Tanto que caiu no gosto do brasileiro em questão de meses (chegou ao Brasil em novembro de 2010). No último mês de julho, foram vendidas 734 unidades. Segundo a Mitsubishi, seus principais rivais são o Hyundai ix35 e o Kia Sportage - 1.048 e 945 unidades, respectivamente, no mesmo período. Mas, a pergunta que não quer calar é: será que esses números estão ameaçados pelo Fiat Freemont? A aposta da montadora italiana em parceria com a Chrysler promete dar o que falar  confira a matéria completa sobre o lançamento na página ao lado).

Embora sejam concorrentes na proposta de veículo com espaço para bagagem e conforto de sobra para a família, no ASX a pegada é um pouco mais forte.

A versão topo de linha 4x4 AWD CVT com teto Sky View e faróis de xênon, que sai por R$ 102.990, tem como principal apelo a tração integral sob demanda ou em tempo integral.

Para ver do que este japonês é capaz, nada melhor que testá-lo, na prática.

NO COMANDO

Depois da apresentação técnica, nos dirigimos até o estacionamento da sede da Mitsubishi, na Capital, e lá avistamos o carro.

A cara de malvado (herdada do Lancer, que adotou este DNA em 2009) chama a atenção. Mas, apesar da aparência, o ASX é bastante doce por dentro. O habitáculo é confortável e a posição de dirigir é encontrada quase que instantaneamente - graças à ajuda da regulagem (em altura e profundidade) do volante e do banco do motorista (elétrica). Este também tem aquecimento.

O teto panorâmico é um show à parte. Nele, luzes em LED formam um filete em cada lateral do teto, refletindo sobre o vidro e dando um toque especial.

Com a chave presencial Keyless no bolso, ligo o carro pressionando o botão Start & Stop - disponível apenas na versão topo de linha.

O motor 2.0 com quatro cilindros e injeção direta de gasolina gera 160 cv e permite chegar aos 100 km/h em 11,9 segundos, trabalhando em conjunto com a maciez do câmbio CVT de seis marchas com trocas manuais nas (grandes) borboletas atrás do volante, que tem comandos do controlador de velocidade e do som.

Mesmo nos trechos de terra (na cidade de Cosmópolis, interior de São Paulo), constatamos sua capacidade de absorver os impactos do solo. Nessa hora, somos auxiliados pelo modo 4x4 (selecionado num botão que fica no console central, imitando aqueles botões do rádio do vovô).

Mesmo criado com um foco mais urbano, o ASX sente-se em casa no cenário off-road e trata bem seus ocupantes... De malvado, só mesmo a cara.




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