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Barak e Arafat se reúnem semana que vem nos EUA
Do Diário do Grande ABC
05/07/2000 | 17:20
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Uma reuniao de cúpula israelo-palestina apadrinhada pelos Estados Unidos começará na próxima semana, anunciou nesta quarta-feira o presidente americano, Bill Clinton.

``O premiê (israelense Ehud) Barak e o presidente (da Autoridade Palestina Yasser) Arafat virao a Camp David no início da próxima semana', declarou Clinton durante uma entrevista à imprensa na Casa Branca.

Camp David é a residência de verao dos presidentes norte-americanos, em Maryland (Leste), onde foram firmados os acordos de paz israelo-egípcios em 1978.

O encontro foi convocado depois da decisao do Conselho Central da Organizaçao de Libertaçao da Palestina (CCOLP), que anunciou na segunda-feira em Gaza que o Estado independente palestino, com Jerusalém Leste como capital, será proclamado no dia 13 de setembro de 2000, mesmo com o risco de uma guerra com Israel.

``Esta é a única maneira de progredir na questao', afirmou Clinton. ``O objetivo é alcançar um acordo sobre temas fundamentais que darao fim a meio século de conflito entre israelenses e palestinos', explicou.

Clinton precisou que os negociadores das duas partes chegarao aos Estados Unidos alguns dias antes, a fim de preparar a cúpula. O presidente expressou seus desejos de que nessa cúpula se alcance um ``resultado realista, equilibrado e equitativo'.

A reuniao foi confirmada por Barak, que indicou que viajará na próxima semana aos Estados Unidos para uma reuniao de cúpula com o presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, ``com um sentimento de responsabilidade de peso'.

``Viajarei na próxima semana a Camp David com um sentimento de responsabilidade de peso em relaçao ao futuro de todos os cidadaos do Estado (de Israel)', afirmou Barak, em declaraçoes feitas em hebreu, em Paris, e retransmitidas pela rádio pública israelense.

``Se chegarmos a um acordo, isso permitirá a separaçao de israelenses e palestinos e tal será submetido a um referendo em Israel. Tenho confiança de que este acordo visará o bem de ambos os povos', declarou ainda, acrescentando que nenhum acordo será firmado sem que seja levado em conta os imperativos de segurança e os interesses israelenses.




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