Política Titulo Investigação engavetada
Oposição de Ribeirão Pires aciona a Justiça para forçar abertura da CPI da Saúde

Roncon, Nogueira, Berê e Rubão usam exemplo de São Bernardo para instalação de comissão

Vitória Rocha
Especial para o Diário
16/06/2016 | 07:30
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Os vereadores de Ribeirão Pires Eduardo Nogueira (SD), Gabriel Roncon (PTB), Berê do Posto (PMN) e Rubão Fernandes (PSD) ingressaram ontem na Justiça com mandado de segurança para forçar a abertura da CPI da Saúde. A investigação vem sendo adiada pelo presidente da Câmara, José Nelson de Barros (PMDB), e a possibilidade de instalação da comissão voltou à tona depois que a Justiça de São Bernardo determinou abertura de inquérito para investigar o Imasf (Instituto Municipal de Assistência à Saúde do Funcionalismo), mesmo sem parecer do Legislativo são-bernardense.

Oposicionista, Nogueira afirmou que a ideia é que o caso de São Bernardo sirva como apoio para que a apuração se inicie em Ribeirão. “Vamos tentar fazer esse trabalho aqui também porque a Saúde está um absurdo na cidade. Não é por ser ano político que a coisa tem de andar da forma como está – temos de encontrar solução para o problema da Saúde”. Roncon declarou que a investigação sobre a Saúde é “necessidade”. “A nossa motivação é a necessidade da investigação. Essa CPI já passou na Câmara, foi aprovada, só que o presidente não nomeia a comissão.”

A movimentação dos vereadores acontece duas semanas depois da ocupação do plenário pelos integrantes da UJS (União da Juventude Socialista) pedindo instalação da CPI. Apesar de terem se manifestado a favor da abertura do processo, os parlamentares haviam dito anteriormente que não tomariam medida para efetivação do inquérito. Em março, sete meses após aprovação da abertura do inquérito pela Câmara, Eduardo Nogueira chegou a afirmar que os vereadores estavam cobrando o presidente “verbalmente”, mas que a decisão estava exclusivamente nas mãos dele.

A CPI da Saúde foi aprovada por unanimidade pela Câmara em setembro para investigação de contratos da Prefeitura com a FUABC (Fundação do ABC) e a Santa Casa, mas segue engavetada pelo presidente do Legislativo desde o início. Pouco inclinado a iniciar a apuração e aliado do prefeito Saulo Benevides (PMDB), Zé Nelson alegou diversas situações para não efetivar a CPI e chegou a dizer que a questão estava em suas mãos e “não é hora para abrir CPI”. Procurado, o peemedebista não retornou os contatos do Diário.  




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