Política Titulo Comissão na gaveta
Oposição usa caso de São Bernardo para impor CPI da Saúde em Ribeirão
Vitória Rocha
Especial para o Diário
15/06/2016 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


Vereador de oposição na Câmara de Ribeirão Pires, Renato Foresto (PT) avalia acionar a Justiça para impor a instalação da CPI da Saúde. A decisão se dá depois que o juiz Gustavo Kaedei, 1ª Vara da Fazenda Pública de São Bernardo, determinou abertura de inquérito para investigar o Imasf (Instituto Municipal de Assistência à Saúde do Funcionalismo), mesmo sem o aval do Legislativo são-bernardense, como o Diário mostrou ontem. Apesar de constantes manifestações em Ribeirão pela abertura da investigação, inclusive durante as sessões da Câmara, a CPI mais uma vez não entrou em pauta e segue engavetada.

Em tribuna livre, o parlamentar citou reportagem do Diário acerca da comissão aberta contra a administração do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), e questionou o fato de o grupo para apurar possíveis fraudes na Saúde de Ribeirão estar encostado. “Só abriram (a CPI) em São Bernardo porque é um governo do PT. Aqui o que acontece? Nada”, afirmou, exaltado. “Eu estou pensando em acionar a Justiça sim porque consultei meu advogado e ele disse que isso (o caso de Marinho) criou argumentos para o Judiciário abrir aqui”, opinou.

Mesmo após ocupação do plenário pelos integrantes da UJS (União da Juventude Socialista) por quatro dias há duas semanas, o presidente da Câmara, José Nelson de Barros (PMDB), demonstra resistência em instalar o inquérito para investigar contratos da Prefeitura com a FUABC (Fundação do ABC) e com a Santa Casa. Depois de ter sinalizado que voltaria atrás e pensaria na formação da comissão, o peemedebista deu a entender novamente que a CPI será definitivamente engavetada. “Não depende só de mim. A mesa diretora tem de decidir pela instalação. Acho que isso só vai acontecer depois da eleição”, projetou Zé Nelson.

SESSÃO
As contas de 2013 do prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), foram aprovadas por 15 dos 16 vereadores presentes na sessão de ontem. Acompanhando o parecer do TCE (Tribunal de Contas do Estado), o relator da Comissão de Finanças e Orçamento, Eduardo Nogueira (SD), deu aval para a contabilidade porque, segundo o parlamentar, “apesar de terem sido apontadas diversas falhas, o prefeito deveria resolvê-las a partir de janeiro de 2014”, então, “a decisão foi técnica, não política”. 




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