Na semana em que se celebra o Dia Mundial do Doador de Sangue, os hemocentros da região têm pouco a comemorar. Isso porque, de acordo com a Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue), o Grande ABC recebe, em média, 160 doações diárias, enquanto o número ideal seria de aproximadamente 250.

A necessidade de tantas coletas se deve às quase 4.500 transfusões realizadas mensalmente nas sete cidades. No entanto, a queda da temperatura é problema nesta época do ano. As doações caem drasticamente. Nos 13 primeiros dias de junho, foram feitas 1.905 doações (146 por dia). A média de coletas está abaixo do registrado no mesmo período de 2015: 5.462 (182/dia).

A equipe do Diário esteve ontem no Núcleo Regional de Hemoterapia Dr. Aguinaldo Quaresma, no bairro Osvaldo Cruz, em São Caetano. Embora em menor quantidade, as doações seguem sendo realizadas. O ato já é hábito para o analista de logística Carlos Henrique Moreira, 37 anos. Portador do sangue ‘O’ negativo, ele relata que é doador há pelo menos duas décadas. “Procuro doar as quatro vezes permitidas no ano.”

Para doar, o candidato deve portar documento com foto, pesar acima de 50 quilos e estar em boas condições de saúde. Além da unidade em São Caetano, o Grande ABC possui outros três pontos de coleta de sangue. Em Santo André, no Hospital Mário Covas e no centro hospitalar da cidade. Em São Bernardo, a referência é o Hemocentro Regional. As coletas são feitas de segunda-feira a sábado, das 8h às 13h.