Responsável por reduzir os ruídos do motor e a emissão de gases poluentes do veículo, o escapamento deve receber atenção especial do motorista, pois cada peça que o compõe tem durabilidade específica.

O tubo primário, que capta os gases do coletor e os direciona até o catalisador, é o que possui vida útil mais longa, pois é produzido em aço inoxidável.

O catalisador, cuja função é converter os gases tóxicos em inofensivos, deve ser verificado aos 80 mil quilômetros quando vem de fábrica com o veículo. Caso seja adquirido como peça de reposição, a checagem ocorre aos 40 mil km.

O abafador intermediário e o silencioso traseiro, que evitam a entrada de poluentes na cabine e redirecionam os gases dentro da peça, reduzindo o ruído de alta freqüência, duram cerca de três anos quando são de aço inoxidável e um ano e meio caso sejam de aço galvanizado.

Motor desregulado, uso de combustível adulterado, sistema mal-fixado e batidas na parte de baixo do carro são os principais inimigos do sistema de escape. "Se o motor não estiver regulado, o combustível que não foi queimado fica acumulado no catalisador, prejudicando o seu funcionamento", explica o engenheiro mecânico Rubens Venosa, 48 anos. Para identificar possíveis problemas, é preciso ficar com os ouvidos atentos. "O carro passa a fazer um barulho diferenciado, devido ao vazamento de gás", diz.

Everaldo Sajioro Junior, diretor da fabricante de escapamentos Mastra, alerta que modificar o sistema para produzir bastante ruído, processo conhecido como escapamento furado, provoca o vazamento de gases tóxicos na cabine, desgaste de peças do motor e aumento do consumo de combustível.

Fique atento – Uma prática que tem se tornado comum no mercado devido ao preço elevado do catalisador é a comercialização de produto falsificado. "Os falsificadores retiram a cerâmica interna da peça, onde estão os metais nobres transformadores dos gases poluentes, e preenchem o interior com palha de aço para servir como abafador", explica Venosa. Esta solução minimiza o ruído, mas não atua na diminuição da emissão de poluentes e pode danificar partes vitais do motor causando, por exemplo, a desregulagem do sistema de injeção eletrônica.

De acordo com dados da Umicore, empresa que produz catalisadores, cerca de 3,5 milhões de veículos em circulação no país possuem catalisador falso, adulterado ou com o funcionamento comprometido.

Para prevenir o desgaste prematuro, já que o escapamento está sujeito a enferrujar por causa do vapor da combustão, é recomendável ligar o carro quando ele ficar parado na garagem. Quanto menor a sua utilização, maior a corrosão, pois o vapor fica dentro da peça e, com o sistema frio, se condensa e se transforma em líquido.

Para fazer a troca dos componentes do escapamento de um VW Gol 1.0, o proprietário vai desembolsar:

- tubo primário: entre R$ 200 e R$ 250

- catalisador: entre R$ 350 e R$ 380

- abafador intermediário: entre R$ 95 e R$ 100

- silencioso traseiro: entre R$ 105 e R$ 135

Caso o valor do catalisador esteja em torno de R$ 100, não compre, pois a peça não é original

- Problema: vibração da carroceria

- Motivo: suporte pode estar quebrado ou a peça está muito próxima do assoalho do carro

- Solução: trocar os suportes e coxins danificados, mantendo a peça com uma distância adequada do assoalho

- Problema: estouros

- Motivo: furos no equipamento

- Solução: trocar a peça por uma nova

- Problema: ruído excessivo

- Motivo: suporte pode estar quebrado ou a peça está muito próxima do assoalho do carro

- Solução: trocar os suportes e coxins danificados, mantendo a peça com uma distância adequada

- Problema: vazamento de gases

- Motivo: aperto irregular das braçadeiras ou rompimento de alguma junta

- Solução: apertar as braçadeiras corretamente

- Problema: aquecimento do assoalho do veículo

- Motivo: escapamento pode estar trincado ou instalado muito próximo do assoalho

- Solução: substituir a parte que estiver trincada ou instalar o escapamento com a

distância correta