Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. Isso acontece porque a fumaça do cigarro contém diversas substâncias cancerígenas. "Por essa razão, a cessação do tabagismo é a medida mais importante de prevenção", destaca o médico. Ainda de acordo com a instituição, estão previstos para 2016, mais de 28 mil casos da doença no Brasil.
São considerados grupos de alto risco para o câncer de pulmão pessoas entre 55 e 74 anos com histórico de tabagismo intenso (um maço por dia por 30 anos seguidos), que ainda sejam fumantes ou que tenham interrompido o hábito de fumar há menos de 15 anos; e pacientes com 50 anos ou mais com histórico de tabagismo (um maço por dia por 20 anos seguidos) e mais um fator de risco associado, como histórico de câncer prévio ou de câncer de pulmão na família, presença de doença pulmonar associada, entre outros.
Nesses casos é indicada a realização de exames anuais para rastreamento da doença. "Nós usamos a chamada Tomografia de Baixa Dose (TBD), que é feita sem o uso de contraste e com exposição a baixas doses de radiação", explica Ferreira.
O especialista lembra também que, além do câncer de pulmão, o tabagismo é fator de risco para outros tipos de câncer, como os tumores localizados nas regiões da cabeça, pescoço e bexiga.
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