Grupo de servidores de São Bernardo que atuam na fiscalização do Imasf (Instituto Municipal de Assistência à Saúde do Funcionalismo) organizou ontem ato de protesto na Câmara de São Bernardo, exigindo celeridade na votação da CPI protocolada em agosto.

Os integrantes, que pertencem à Associação dos Usuários do Imasf, fizeram uso da palavra na tribuna para escancarar os problemas do instituto, responsável pelo gerenciamento da assistência médica dos 20 mil servidores. No ano passado, o prefeito Luiz Marinho (PT) realizou intervenção no órgão, destituindo o presidente Valdir Miraglia, passando o comando para às mãos de Glória Kono, pessoa de sua confiança. O ato representou mudança drástica no Imasf, que ao longo de 60 anos elegia diretamente seu corpo diretivo. A atitude de Marinho foi justamente para tentar reverter situação desfavorável da instituição, que vem expondo inúmeros problemas administrativos, financeiros, além de descredenciamento de hospitais e médicos.

“Nada mudou com essa intervenção do prefeito. Esperávamos algo, mas o problema de transparência é o mais grave. Vamos insistir pela CPI para ver conseguimos trazer à tona todos os problemas, pois muita gente está sofrendo com descaso”, pontuou Lúcia Ramacciotti, presidente da associação.

Autor do pedido de CPI, o oposicionista Pery Cartola (PSDB) prometeu empenho para garantir avanço com a investigação. “A vinda do grupo hoje (ontem) foi muito importante. Tentei conseguir o avanço, acionei a Justiça, mas não consegui. Agora o cenário mudou. Esse governo não tem tanto apoio. Vou fazer convencimento e conseguirei êxito”, disse.

Pery conquistou ontem apenas a adesão dos dez parlamentares que rubricaram pedido de instalação anterior. Para conseguir transformar o requerimento em caráter de urgência precisa de 15 assinaturas.