Serraglio explicou que, assim como no Judiciário, ao mesmo relator será encaminhado todos os assuntos relacionados a um tema. "Ele vai continuar por disposição regimental", afirmou.
De acordo com o presidente da CCJ, também ficará à cargo de Nascimento decidir se os recursos serão analisados imediatamente ou ao final do trâmite do processo por quebra de decoro parlamentar de Cunha no Conselho de Ética. Questionado sobre o fato de Nascimento ser do mesmo partido do relator no conselho, Marcos Rogério (DEM-RO), Serraglio disse que nunca houve essa ponderação na comissão. À reportagem, Nascimento disse que conversaria com Serraglio para externar essa preocupação.
O peemedebista prometeu imparcialidade na condução dos trabalhos e voltou a repetir que só esteve aliado de Cunha na defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele negou que sua indicação tenha tido a "bênção" de Cunha. "Só se ele virou o Papa Francisco", respondeu.
Lembrando sua atuação como relator na CPI dos Correios, que deu início às investigações do mensalão, Serraglio declarou que a sociedade sabe o que esperar dele e que a credibilidade conquistada não será alterada. "O que deu credibilidade à CPI do Mensalão foi o fato do relator nunca sair atirando pirotecnicamente, criando fatos, querendo aparecer. Ao contrário, só se manifestava depois de concretizadas as situações", enfatizou.
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