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Paralisação dos bancários atinge 116 agências na região
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
06/10/2010 | 07:26
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Cresceu a mobilização dos bancários em greve na região ontem, quinto dia de paralisação. Ficaram fechadas 116 agências (do total de 350 no Grande ABC), três a mais do que na segunda-feira.

Em plenária realizada ontem, o sindicato regional considerou boa a mobilização, que começou, na semana passada, de forma mais modesta. Foi agendado novo ato, para amanhã à tarde.

Também ficou definido que a paralisação continuará por período indefinido, até que haja avanço na proposta de reajuste salarial oferecida pelos bancos, de 4,29% (que contempla apenas reposição da inflação).

A categoria reivindica aumento de 11% (taxa inflacionária mais aumento real), PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 4.000, elevação do piso salarial e previdência complementar para todos, entre outros pontos.

A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) informou que as instituições financeiras querem negociar, mas os sindicatos dos empregados não mostram disposição para chegar a um entendimento. Por sua vez, a entidade regional afirmou que, até agora, a Fenaban não chamou o comando nacional dos bancários para negociar.

NO PAÍS
De acordo com o último balanço da greve nacional dos bancários, 6.527 agências estão fechadas em 26 Estados e no Distrito Federal, o que representa crescimento de 68,9% em relação ao primeiro dia do movimento (29 de setembro). Também estão paralisados os centros administrativos dos bancos nas capitais, segundo informação da Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Atividades Financeiras).

A entidade encaminhou carta ao presidente da Fenaban, Fábio Colletti Barbosa, protestando contra medida tomada pelos bancos de alterar o horário de trabalho dos funcionários durante a madrugada.

Segundo a Contraf, a alegação das instituições para a mudança foi a "necessidade de garantir a produtividade e a realização dos serviços".

Na correspondência à Fenaban , a entidade sindical alega que a medida configura "prática assediante e ilegal que atenta contra a organização sindical e a livre associação de seus empregados, prejudicando a saúde do trabalhador, que se vê obrigado a sair de casa em horário incompatível com sua jornada habitual, já que não lhe é dado o direito de opção, haja vista a constante ameaça de demissão".

A entidade de classe reclama que os bancos vêm sendo orientados a adotar "outra prática antissindical, com a interposição de interditos proibitórios nas agências, cujo único escopo é tolher a greve, instituto garantido por lei". Na carta à Fenaban, a Contraf reafirmou a disposição de negociar com os banqueiros a pauta de reivindicações, entre as quais o reajuste de salários em 11% desde setembro, mês da data-base da categoria.




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