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Vingadores em guerra

Terceiro filme de ‘Capitão América’ coloca
heróis em conflito devido a perspectivas distintas

Luís Felipe Soares
28/04/2016 | 07:00
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Divulgação


 A fase 3 da Marvel Studios começou e seu primeiro capítulo está pronto para impressionar os fãs – uma vez que grande parte da crítica já bateu palmas para o novo filme do estúdio. Capitão América: Guerra Civil chega hoje aos cinemas com poderosa carga política e psicológica, sem se esquecer de ação e humor.

É o filme que dita o ritmo de como esses heróis da Terra irão pensar e agir daqui para frente. Destruições vistas em Nova York, Washington e Sarkovia em aventuras anteriores não são mais toleradas. O estopim de tudo é um atentado em região africana, fazendo com que a ONU elabore protocolo, no qual os Vingadores devem ser chamados quando a Organização das Nações Unidas achar necessário. Esse documento divide opiniões, principalmente com o Homem de Ferro ficando a favor do controle (com ele ainda tentando se redimir de erros do passado) e o Capitão América (se posicionando em prol da livre justiça).

Lançada originalmente entre 2006 e 2007, Guerra Civil é uma das sagas contemporâneas mais populares dos quadrinhos, mas pouco tem a ver com o que é mostrado no cinema. Nas HQs, o universo Marvel é dividido em grupo pró-registro de heróis e outro que luta para que não tenham que revelar a identidade secreta.

Apesar das diferenças, o ponto central em debate nas duas mídias é: até que ponto a liberdade deve ser respeitada pelo ‘controle’ de uma situação? Todos querem proteger o mundo, mas cada um tem sua mentalidade individual. Claro que discussões ocorrem, mas estamos diante de uma briga de perspectivas nas quais os personagens têm poderes fantásticos. Falando em briga, a batalha entre os grupos que se formam em um aeroporto é capaz de deixar qualquer geek sem piscar por bons minutos.

Parte do ótimo resultado apresentado pelo diretores Anthony e Joe Russo é comandar um roteiro que reúne tantas figuras sem que tudo se torne uma bagunça. Steve Rogers conta com mais tempo em cena por ser o grande protagonista (mais uma vez recheada de tons de espionagem), mas as angústias de Tony Stark também são desenvolvidas na medida certa. Ponto para as introduções de Pantera Negra e da aguardada nova versão do divertido Homem-Aranha.

Capitão América: Guerra Civil segue a linha apresentada em O Soldado Invernal (2014), mas sofre mais por não ter um arco tão fechado. As perguntas sobre o futuro do mundo Marvel nas telonas não param depois do fim do filme, mas o espectador terá certeza de que as relações dos personagens não são mais as mesmas.




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