Pelo SPB, a transação é efetuada automaticamente, mas é preciso que a pessoa tenha os recursos disponíveis na conta, enquanto cheques e DOCs são compensados após 24 horas. Para essas duas modalidades haverá tarifas bancárias, para desestimulá-las. Para o consultor do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) Pedro João Gonçalves, a medida do Banco Central foi para dar proteção ao sistema bancário.
Gonçalves disse ainda que, por pesquisa realizada pelo Sebrae, pequenas e médias de alguns setores específicos, como concessionárias e metalúrgicas, podem necessitar de adequações em seus controles de caixa e ter de negociar para parcelar seus pagamentos. “Mas, entre as microempresas, 75% não realizam pagamentos acima de R$ 5 mil”, disse.
Para o vice-presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), Octávio Leite Vallejo, foi uma evolução. “É uma garantia para a pessoa que está recebendo”, disse. No entanto, ele também avalia que o novo teto de R$ 5 mil exige das empresas uma melhor gestão, para evitar que elas fiquem descapitalizadas. “Não se pode mais trabalhar com D1 (um dia para a liqüidação), só com D0”, afirmou.
O diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São Caetano e diretor da indústria Fami-Itá, Willian Pesinato, também elogiou o sistema. “Não deixa de ser interessante, porque o pagamento cai automaticamente”, disse. O empresário afirmou que contratou uma pessoa para fazer seu controle de fluxo de caixa diariamente. O diretor do Ciesp de Santo André, Shotoku Yamamoto, acrescentou que a Fiesp (a federação) e os Cieps realizaram seminários para orientar em relação ao SPB.
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