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Pequenas da região vendem 3,4% menos
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
06/10/2010 | 07:14
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As MPEs (Micro e Pequenas Empresas) do Grande ABC encerraram agosto com faturamento 3,4% inferior ao registrado no mesmo mês em 2009. Se considerado o acumulado do ano, entretanto, as vendas superaram em 6,6% o resultado obtido entre janeiro e agosto do ano passado. Isso é o que aponta levantamento do Sebrae-SP.

Segundo o consultor da entidade, Pedro João Gonçalves, os dados não chegam a preocupar e podem ser considerados positivos. "Em agosto de 2009, enquanto a economia do País ainda estava em crise, o Grande ABC já estava reagindo e apresentando bons números", explica, referindo-se à base forte de comparação na época.

Para se ter ideia, o faturamento das MPEs cresceu 6,4% em agosto do ano passado frente ao mesmo mês em 2008. Enquanto isso, a média das vendas do Estado registravam queda de 1,3% no mesmo período.

Gonçalves ressalta que o importante para as MPEs da região é a recuperação sobre o ano da crise, que até agora vem sendo positiva no acumulado dos meses. "A tendência, depois de ter forte retomada, é crescer moderadamente, apresentando desempenho mais lento", explica o consultor, fazendo referência à expressiva alta das vendas das MPEs no Grande ABC no primeiro semestre.

ESTADO
Na média do Estado de São Paulo, o faturamento das micro e pequenas empresas obteve alta de 10,1% em agosto ante o mesmo mês do ano passado. Trata-se do 11º aumento consecutivo na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado de janeiro a agosto, a elevação é de 10,5% em relação ao período em 2009.

Os setores que obtiveram melhor desempenho em agosto foram serviços, com expansão de 27,4% no faturamento e indústria, com incremento de 12,3% ante o mesmo mês em 2009. O segmento do comércio registrou crescimento mais tímido, de 1,9%.

PERSPECTIVAS
As expectativas dos proprietários das MPEs ficaram relativamente estáveis. Em setembro, 33% dos donos de MPEs disseram acreditar em melhora na receita da empresa nos próximos seis meses, ante 32% em agosto. No mesmo período, a proporção dos que esperam manutenção no faturamento passou de 29% para 32%.

Do total de entrevistados - 2.716 empresários em universo de 1,3 milhão de empresas formais no Estado de São Paulo - 33% esperam melhora no nível de atividade e 34% não têm expectativa alguma.

As perspectivas para o segundo semestre são de continuidade do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). De acordo com levantamento do Banco Central, analistas de mercado estimam aumento da ordem de 7,53% em 2010 sobre 2009.

Para Gonçalves, o mais importante para as MPEs é o controle da inflação, senão elas não conseguem vender seus produtos e serviços por conta do aumento desenfreado dos preços. Sendo assim, portanto, as perspectivas devem seguir otimistas.




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