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Cinquenta anos de sacerdócio do ‘frei’
Do Diário do Grande ABC
09/04/2016 | 09:24
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Artigo

Em 2015 escrevi homenageando dom Claudio Hummes. Hoje a homenagem é para um seu amigo próximo, que também faz parte da história do Grande ABC. Ao me referir ao ‘Frei’, missionário franciscano provindo da Itália em 1966, é desnecessário escrever seu nome. ‘Frei’, para a Paróquia Santíssima Virgem, de São Bernardo, para os milhões de ouvintes da Rede Milícia Sat e fiéis de tantas paróquias por onde passou, é só ele: Sebastião Benito Quaglio. Antes de São Bernardo, ele esteve em diversas paróquias de Santo André, onde eu, ainda criança, o conheci. A figura inusitada para aquele contexto – não era comum ver padre loiro, de olhos azuis e sotaque italiano bem acentuado – ficou impressa na minha memória. Só em 2001, ao assumir a direção da Faculdade de Direito de São Bernardo, voltei a ter contato com o frei, quando então minhas impressões de criança se transformaram em admiração.

Frequentando sua Paróquia pude perceber que o frei, mais maduro e com perfeito domínio da Língua Portuguesa, é homem fantástico. Incansável, é possível ouvi-lo na Rádio Imaculada às 7h, vê-lo nas várias missas ao longo do domingo e, no fim da noite, rezar o terço com ele pela rádio. E encontrá-lo de manhã em São Bernardo e ao fim do dia ouvi-lo falando ao vivo de Campo Grande ou de outra cidade onde a Rede Milícia esteja. Hoje ele está aqui e amanhã pode estar na Itália. Mas sua agilidade e seu vigor não se resumem à mobilidade geográfica. Com a mesma intensidade e respeito com que ele fala com cardeais, bispos e autoridades, atende mãe que pede a bênção na carteira de trabalho do filho desempregado ou qualquer pessoa em busca de palavra amiga, de consolo.

Na missa acolhe e abraça todas as crianças e as pequenas ele levanta com os dois braços. Mesmo cansado, cheio de compromissos e preocupações, frei nunca foi visto destratando ou desatendendo quem o procura. Generoso, não se limita a ouvir, aconselhar e abençoar, mas ajuda como pode quem precisa de auxílio. Às vezes ele fala e faz mil coisas ao mesmo tempo. É difícil acompanhar seu ritmo. E depois de tanto tempo continua quebrando correntes com seu trabalho pastoral e de comunicação. Após 50 anos de sacerdócio dedicados à Diocese de Santo André, sua história se confunde com a da Paróquia Santíssima Virgem, âncora de tantos projetos sociais e de evangelização comandados pelo frei, como a Associação Milícia da Imaculada e o Instituto dos Missionários Padre Kolbe.

Frei, no dia 17, em que o senhor comemora 50 anos de sacerdócio, agradeço a Deus e a Nossa Senhora, de quem o senhor é fiel devoto, pela graça de tê-lo como pároco. Que Eles continuem abençoando o tão amado ‘frei’ de todos.

Eliana Borges Cardoso é advogada e professora da Faculdade de Direito de São Bernardo.

Palavra do leitor

Vai esfriar
A ladainha de empreiteiras ameaçando revelar as estripulias do ex-presidente Lula parece mais reprise de novela. Logo a turma do deixa-disso entra em ação e o assunto esfria novamente. Apesar de que o engenheiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS – uma das envolvidas no megaescândalo da Petrobras –, ameaça envolver o amigo Lula na investigação do Petrolão. Você acredita? Quiçá! Para que a investigação chegue de fato ao topo da ‘cadeia alimentar’ da corrupção são necessários manter os suspeitos na prisão e continuar seguindo o rastro do dinheiro. Os fatos já revelados são teimosos e evidentes. Querem tirar o processo da Operação Lava Jato das mãos do juiz Sérgio Moro com ‘armadilha para o magistrado’. Mas esse justiceiro ainda vai conseguir salvar o País. Emérito juiz Moro, não desista! Já passou da hora de punir e dar basta aos políticos corruptos e moribundos, que vêm há mais de 12 anos cometendo malfeitos contra o povo brasileiro.
Francisco Emídio Carneiro
São Bernardo

Legalizada
Com a homologação do ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), da delação premiada do ex-presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, segue sugestão para atualizar as cansativas explicações do PT: o partido recebeu doação de propina legalmente registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Edgard Gobbi
Campinas (SP)

As lojinhas
O ministro Nelson Barbosa continua afirmando que não houve crime de responsabilidade por parte da ‘presidenta’, de forma a defendê-la de acusação de impedimento. De fato, o crime é de total irresponsabilidade no trato da coisa pública e a gastança desenfreada. Infelizmente, a senhora Rousseff conseguiu fazer com o País o mesmo que foi feito com sua lojinha de quinquilharia.
Aparecida Dileide Gaziolla
São Caetano

Ainda indecisos?
Pergunto-me o que deixaria deputado indeciso até este momento depois de tantas informações trazidas pela mídia. Haveria ainda margem para dúvidas? Se, na pior das hipóteses, aguardam algum sinal de um certo quartel-general em hotel de Brasília, então o deputado é caso perdido, porque não representa o povo que o elegeu, que certamente esperaria dele posição a favor do Brasil. Francamente, prefiro até os que votam contra desde o início, embora saibam que irão tornar o País inviável do ponto de vista de governabilidade e da economia, além dos aspectos moral e ético. Que os céus permitam que nos livremos desses urubus, sempre ávidos por carniça, sem querer ofender tais aves, que prestam bom serviço à natureza.
Eliana França Leme
Capital

Explícito
Querendo justificar o injustificável, o ministro da Justiça afirma: ‘Prevalece aquela velha lei de Newton, toda ação corresponde a uma reação em igual intensidade e em sentido oposto’, em evidência inequívoca de ameaça à democracia, de incitação ao crime. A cada nova denúncia de propina e superfaturamento, o governo, na figura da presidente da República, mais se utiliza dos recursos federais e expõe seu desequilíbrio emocional com discursos e manifestações incoerentes como se pudesse mascarar as verdades.
Luiz Nusbaum
Capital

Desorganização
O futebol amador se prepara para jogar na Lua! Parece brincadeira de mau gosto, mas infelizmente é a pura verdade. Amanhã, o amador não poderá realizar a final da 3ª Copa Santo André no estádio da cidade porque descobri que o Bruno Daniel tem dono. E espero que o dono classifique sua equipe para a elite de 2017. O futebol amador pagou caro por ser mais organizado que a direção da equipe. Como pode transferir final que está marcada desde janeiro pelo simples capricho do senhor Celso Luiz de Almeda, presidente eterno do Ramalhão e dono da praça esportiva? A final só acontecerá dia 17! Talvez ele pense que nós, do amador, somos desorganizados como a direção da qual ele faz parte. Só que ele desta vez não vencerá, pois no dia 17, às 10h, acontecerá a grande final entre o EC Aclimação, do Sítio dos Vianas, e o EC Flamengo, da Vila Alzira. Ele pode ter atrapalhado a logística dos clubes amadores, mas não terá o prazer de proibir a final. Agora, pague os salários em dia, construa CT de qualidade para a equipe treinar, aposte nas categorias de bases do clube e, hoje, faça sua parte.
Adriano Luz-Guido
Santo André 




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