Carlos Boschetti Titulo Análise
Você pagando mais imposto ainda
Carlos Boschetti
24/03/2016 | 07:19
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Os governos federal e estaduais estão precisando arrecadar mais dinheiro e, por isso, resolveram aumentar impostos. Tratam-se de tributos como o estadual ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) e o federal IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que ficam ‘embutidos’ nos preços dos produtos e serviços. É muito provável que essa alta de impostos seja repassada ao consumidor pelos fabricantes e pelas lojas, levando a aumento dos preços. Desse modo, a cerveja, o vinho, o chocolate e a gasolina tendem a ficar mais caros.

O ICMS da cerveja subiu em alguns Estados, como em São Paulo (de 18% para 22%). Em outros Estados, ficou assim: Minas Gerais, de 20% para 25% a 32%; Distrito Federal, de 27% para 31%; Mato Grosso do Sul, de 25% para 28%; Piauí, de 17% para 19%; Tocantins, de 25% para 27%; Alagoas, de 19% para 27% e Rio Grande do Sul, de 25% para 27%.

Outro cálculo que também mudou refere-se à taxação de vinho, cachaça e uísque. O governo federal mudou a forma de calcular o IPI sobre as chamadas ‘bebidas quentes’. Antes, era cobrado valor fixo de acordo com o tipo de bebida e o tamanho da embalagem, com limite máximo de R$ 17,39. Por exemplo, uma garrafa de vinho fino de 750 ml com preço de R$ 20 pagava R$ 0,73 de IPI. Agora, será cobrado percentual sobre o preço: de 10% para vinhos (R$ 2, conforme o exemplo), 15% para vermute, 20% para champanhe, 25% para cachaça e 30% para uísque e vodca.

Os chocolates e sorvetes podem ficar mais caros a partir de 1º de maio, com a mudança das regras para o IPI. Esses produtos tinham o imposto calculado em relação ao peso ou volume (R$ 0,09 por quilo para o chocolate branco, R$ 0,12 por quilo para demais chocolates e R$ 0,10 por embalagem de dois litros de sorvete). Agora, o tributo será de 5% sobre o preço de venda. Por exemplo, um pote de dois litros de sorvete que custa R$ 20: antes, seria vendido por R$ 20,10 com o IPI; agora, sai por R$ 21. Uma barra de 100 gramas de chocolate ao leite com preço de R$ 5: antes, custaria R$ 5,012 com o imposto; agora, R$ 5,25. Até o papel higiênico de folha dupla ou tripla fica mais caro. No Rio de Janeiro, só papel higiênico de folha simples continua isento de ICMS. O Estado passou a cobrar tributo de 19% sobre papel higiênico de folha dupla ou tripla.

E a redução do seu conforto não para por aí. O ICMS da TV por assinatura aumentou em vários Estados a partir de 1º de janeiro. Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Tocantins e Distrito Federal passaram a cobrar 15%. Minas Gerais passou a incidir 12%; Santa Catarina, 12,5%. Antes, o imposto era de 10% em quase todos os Estados.

A gasolina também ficou mais cara. O ICMS incidente subiu em vários Estados: Piauí, de 25% para 27%; Distrito Federal, de 25% para 28%; Goiás, de 27% para 28%; Paraíba, de 25% para 27%; Paraná, de 28% para 29%; Pernambuco, 27% para 29%; Tocantins, de 25% para 27%; e Rio Grande do Sul, de 25% para 30%.

Na próxima semana, falarei de outros itens que também terão aumento de impostos. Consumidor, prepare seu bolso!
 




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