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Apesar de diferente, uma partida entre os times no estádio não é inédita. A última vez que paulistanos puderam acompanhar o clássico foi em 1942, quando foi disputado um amistoso sem gols numa quinta-feira chuvosa. Na época, o Brasil ainda era governado por Getúlio Vargas e o mundo vivia a Segunda Guerra Mundial. O estádio do Maracanã não exista - nem o episódio do Maracanazo, quando o Brasil perdeu para o Uruguai durante a Copa do Mundo de 1950. Muito menos o 7 a 1 para a Alemanha, na Copa de 2014.
Mais de setenta anos depois, o Maracanã e o Engenhão estão em obras, obrigando clubes do Rio a percorrerem o País para jogar em diversas arenas durante o Campeonato Carioca. Independentemente disso, as torcidas se animaram e já haviam comprado mais de 20 mil ingressos para o jogo até a última sexta-feira. A expectativa de casa cheia jogou mais emoção ao naturalmente tenso confronto.
Na competição, o Flamengo, que venceu o Madureira por 1 a 0 na primeira rodada, ocupa a terceira posição, com três pontos. O Fluminense, que empatou com Botafogo na estreia da Taça Guanabara, está na quinta colocação, com um ponto.
Os clubes vivem momentos distintos. No Fluminense, a chegada do treinador Levir Culpi trouxe alguma motivação para superar s má fase. O time vem realizando uma campanha ruim no início do ano e foi o único grande que não chegou à última rodada da primeira fase do Carioca classificado. Além disso, reformulou sua diretoria no final de fevereiro. Entre os jogadores, existe a pressão de vencer o rival para dar moral ao elenco. Levir ainda está em busca da melhor escalação, mas apontou mudanças no time que vai a campo nos treinamentos.
A grande novidade pode ser a volta do capitão Fred, que se recupera de uma lesão na coxa esquerda, mesmo que ainda não se saiba se aguentará os 90 minutos. Nas laterais, o técnico passou Wellington Silva para a esquerda e promoveu a entrada de Jonathan na direita. O veterano e contestado Gum fez dupla de zaga com Henrique. Apesar dos testes, Levir não confirmou a equipe.
Do lado do Flamengo, as excessivas viagens para jogar as três competições das quais participa - Carioca, Sul-Minas-Rio e Copa do Brasil - podem até ter dado resultado financeiro favorável. Mas, para o elenco, tem sido uma rotina muito desgastante. O treinador Muricy Ramalho sempre enfatiza, em tom de crítica velada, esse aspecto em suas entrevistas. Na sexta-feira, disse não saber qual seria a escalação, pois afirmou não saber quem estava bem fisicamente para disputar a partida.
Para além do cansaço, o Flamengo também vem de uma derrota desmoralizante diante do Confiança, na última quarta-feira, em sua estreia na Copa do Brasil. O time desperdiçou uma série de oportunidades e, numa falha da defesa, acabou levando um gol. O clássico contra o Fluminense pode servir para reanimar o elenco. Entre os desfalques, o argentino Mancuello e Everton não jogarão porque ainda se recuperam de lesões. A escalação para a partida pode surpreender.
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