Setecidades Titulo Conscientização
Ação ensina alunos a identificar focos do mosquito da dengue

Na EMEFM Arquiteto Oscar Niemeyer, em São Caetano, atividade lúdica visa transformar estudantes em multiplicadores de informação

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
18/03/2016 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Tem muita gente travando batalha contra o mosquito Aedes aegypti e a criançada também está no combate. Em atividade de conscientização realizada na EMEFM (Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio) Arquiteto Oscar Niemeyer, em São Caetano, alunos do 6º ano, com idade entre 10 e 12 anos, mostram que estão atentos no combate ao criadouro do inseto transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya.

Para envolvê-los na ação, a tarefa foi montada de forma lúdica. No pátio foram espalhados exemplos de situações que devem ser evitadas, como caixa-d’água aberta, pneu e vasinhos de plantas. Divididos em equipes e com um mapa em mãos eles vão, ao invés de à caça ao tesouro, à caça aos focos do mosquito. No inverso do mapa os estudantes listam o que foi encontrado e as medidas que devem ser tomadas.

A ideia do formato da atividade foi de Vinicius Gomes da Silva, 27 anos, estudante do terceiro semestre de Biologia na FSA (Fundação Santo André) e bolsista do Pibid (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência).

O Pibid oferece bolsas para que alunos de licenciatura atuem dentro das escolas públicas, com a orientação de um docente, visando fortalecer a formação dos futuros professores e incentivá-los a lecionar no Ensino Básico, seja na Educação Infantil, no Ensino Fundamental ou no Ensino Médio. “Como os alunos são reflexo da família na escola, atingindo-os eles têm potencial para alcançar seus familiares. A criança se sente bem mais motivada a passar as informações adiante”, disse Silva, ao lado da companheira de projeto, Pamela Cristina de Carvalho Pereira, 20, aluna do segundo semestre de Biologia. A execução da brincadeira na escola foi iniciada na semana passada e terminará hoje. Dez salas do 6º ano participam da busca, totalizando 300 alunos.

A garotada sabe bem o que fazer para evitar o mosquito Aedes aegypti, mas lamenta que boa parte da população parece não saber. “Vemos por aí um monte de lixo jogado na rua e muita água parada. Na casa da minha vizinha, por exemplo, tem uma pia virada ao contrário, mas que acumulou um monte de água, está até amarelo. A gente fala do perigo, mas ela diz que tem medo de mexer lá”, conta Isabella Guadalupe Perrella Silva, 11.

Matheus Leandro Tavares, 12, viu os transtornos que causa a dengue quando a irmã, de 18, contraiu a doença. “Ela só ficou na cama, com muita dor. Falo para as pessoas que conheço: ‘Não deixem água acumulada.’” O garoto lembra ainda de outro grave problema atribuído ao Aedes aegypti. “A microcefalia (na qual há casos relacionados ao zika vírus) é assustadora.”

A diretora da EMEFM Arquiteto Oscar Niemeyer, Rosana Campana Chacon, ressalta o êxito do trabalho, que transforma os alunos em agentes multiplicadores de informação e fiscalização. “Não adianta pedir para que façam um trabalho no papel. Vendo e participando das situações eles levarão a experiência, e saberão identificar o problema e ajudarão na prevenção.”  




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