O chanceler francês Bernard Kouchner teve de pedir desculpas nesta segunda-feira por ter se mostrado favorável à renúncia do primeiro-ministro iraquiano Nuri Al-Maliki, em um delicado contratempo depois de sua viagem ao Iraque, que teoricamente supunha iniciar uma nova etapa na política da França no país.

"Se o primeiro-ministro (iraquiano) quiser que eu me desculpe por ter interferido nos assuntos iraquianos de maneira tão direta, eu o farei de bom grado" declarou Kouchner.

No domingo, Al-Maliki havia pedido as desculpas da França, ao mesmo tempo em que denunciou as atitudes da senadora americana Hillary Clinton e do senador Carl Levin, que também pediram sua saída.

Na entrevista publicada no site da Newsweek, o ministro francês das Relações Exteriores afirmou que "muitas pessoas acham que o primeiro-ministro (iraquiano) deveria ser substituído".

"Uma vez mais, os fatos são claros: não sou o único que faz críticas frente a um foco de tensão e de abusos cotidianos que provocam indignação no mundo. Se fui mal interpretado, sinto muito", afirmou ainda.