A avó materna do filho de dois anos do casal de franceses morto no Rio pediu à Justiça brasileira a guarda do menino. Ela foi ao Tribunal de Justiça do Estado acompanhada do vice-cônsul da França no Rio, Marc Ivarra. “Eles estão chocados. Assim que ela tiver a guarda provisória, vai deixar o país”, disse Ivarra.

A audiência, com um juiz, durou cerca de quatro horas. Após conseguir a guarda do menino, a avó terá que pedir à Justiça uma autorização para viajar com ele para o exterior. A família, de uma cidade no sudoeste da França, não quis dar entrevista. O vice-cônsul também pediu que o nome da avó não fosse divulgado.

Os pais, Delphine Douyère, 36 anos, e Christian Pierre Doupes, 38, da organização não-governamental Terr'Ativa, moravam no Rio e foram assassinados a facadas na última terça-feira.

O coordenador de projetos da ONG, Társio Ramires, foi preso em flagrante sob a acusação de homicídio, com outros dois acusados. Ajudado pelos franceses, ele é suspeito de ter desviado o pagamento de tributos e de salários de funcionários da ONG. Está marcada para este domingo uma cerimônia na Igreja São José, na Lagoa, na zona Sul do Rio.

Os corpos dos franceses só deverão ser liberados para traslado para a Europa a partir de quarta-feira.