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Químicos da região pedem reajuste real de 6% no ano
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
25/09/2010 | 07:26
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Ontem, cerca de 500 trabalhadores químicos da região aprovaram a pauta de reivindicação para a campanha salarial deste ano. A categoria, cuja data-base é 1º de novembro, pede reajuste real de 6%, além da reposição da inflação (até agosto, medida em 4,2%); piso salarial de R$ 1.100 (hoje em R$ 815); redução da jornada de trabalho sem redução de salários; licença-maternidade de 180 dias e licença-paternidade.

Além disso, a classe trabalhista reivindica os sábados livres, OLT (Organização no Local de Trabalho) e a inclusão das pessoas com deficiência. "As cláusulas foram aprovadas por unanimidade. Vamos entregar a pauta na segunda-feira, às 10h, para o Sindiplast (Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo) - representante dos empresários", declara Paulo Lage, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Químicos do ABC.

Segundo ele, no ano passado a categoria alcançou um reajuste salarial de 8%. "Considerando que estávamos em período de crise financeira, não foi um índice ruim. É por esse motivo que acreditamos que neste ano teremos condições de conseguir índices melhores. A economia está em sua melhor forma", acrescenta.

Na própria segunda-feira, deve ser decidido entre sindicalistas e a bancada patronal calendário para as rodadas de negociação. A previsão do presidente do sindicato regional é de que, acordos sejam firmados até 29 de outubro. "Só então levaremos as propostas feitas para assembleia, que deve ser marcada para 5 de novembro, devido o feriado (dia 2)", afirma Lage.

Comunicados e lembretes devem começar a ser entregues no interior das fábricas a partir dessa semana. "A ideia é de preparar, desde já, nossa categoria para a campanha deste ano", abrevia o presidente do Sindicato dos Químicos ABC.

DADOS
O Sindicato das Trabalhadores Químicos do ABC representa os funcionários nas indústrias químicas, petroquímicas, farmacêuticas, de plástico, de tintas e vernizes, de resinas sintéticas e colasv e de explosivos localizadas nas sete cidades.

A campanha que está sendo iniciada abrange toda a categoria (40 mil trabalhadores), exceto os cerca de 2.000 profissionais da indústria farmacêutica, cuja data-base é 1º de abril.

Na base geográfica do sindicato, estão instaladas cerca de 900 empresas - pequenas, médias e grandes - de todos esses segmentos, muitas delas transnacionais, algumas de capital misto, outras de origem familiar.



Sindicato irá renovar cláusulas da convenção coletiva

Este ano o Sindicato dos Trabalhadores Químicos do ABC e a entidade patronal deverão renovar todas as 72 cláusulas que compõem a convenção coletiva da categoria.

A pauta aprovada contém 24 alterações, sendo incluídas quatro novas reivindicações: perfil profissional previdenciário; capacitação de cipeiros - trabalhadores que representam a Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) - que passam a ter cinco dias de afastamento por ano para realizarem cursos de capacitação; nanotecnologias (empresas devem informar ao sindicato se está ou não usando a nanopartículas - nova tecnologia) e garantia de emprego (discussão da demissão imotivada, síntese da cláusula 158 da OIT - Organização Internacional do Trabalho).

 




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