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Malan: 'reuniao com FHC e diretores do BC foi social'
Do Diário do Grande ABC
06/05/1999 | 10:46
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O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disse na manha desta quinta, em entrevista concedida a uma emissora de rádio, que o jantar, nesta quarta à noite, com o presidente Fernando Henrique Cardoso e a diretoria do Banco Central, no Palácio da Alvorada, foi uma reuniao formal, sem pauta definida. Segundo o ministro, o presidente já tinha manifestado o interesse de convidar a diretoria do banco para conhecer a nova equipe e obter mais informaçoes sobre a economia brasileira. O ministro lembrou que o presidente Fernando Henrique embarcará amanha para Washington, quando fará um pronunciamento na reuniao anual do Eximbank.

Juros - Malan assegurou que na reuniao desta quarta à noite no Palácio da Alvorada, nao foi discutida a questao dos juros. "Nao se toma decisao sobre taxa de juros em almoços ou em jantares sociais". disse o ministro. "Essas decisoes sao tomadas nas reunioes do Comitê de Política Monetária do Banco Central, que acontecem depois que o mercado encerrou suas atividades", lembrou. "Isso é uma prática que existe e que manteremos"

FEF - Segundo Malan, o governo optou por desistir do Fundo de Estabilizaçao Fiscal, a partir de dezembro deste ano, porque a prorrogaçao dele significaria a necessidade de aprovaçao de uma nova emenda constitucional. "Nós vamos encaminhar uma proposta ao Congresso em que vamos insistir na importância da desvinculaçao para gestao orçamentária federal e vamos continuar insistindo nela, desde que nao afete as finanças dos Estados", disse.

Inflaçao - O ministro da Fazenda vê com satisfaçao a revisao "para melhor" de todas as estimativas iniciais de inflaçao para este ano. Eu acho que essas revisoes sao positivas e mostram que a maioria da populaçao brasileira nao deseja o retorno da inflaçao e espera que o governo tome as medidas necessárias para permitir que a inflaçao permaneça sob controle, com a retomada gradual do crescimento sustentado. Malan lembrou das projeçoes pessimistas de cinco grandes bancos que previam em janeiro, depois da desvalorizaçao cambial, uma inflaçao de até 85%. Nós dissemos desde o início que isso era ridículo e que nao se materializaria".




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