Jeb Bush, irmão mais novo do presidente dos EUA, deu instruções ao DCF para que apresente o pedido a um tribunal do condado de Leon, no norte da Flórida, para que o juiz permita que seja retirado o sigilo legal que impede esse escritório de dar informação sobre as crianças sob sua responsabilidade.

O governador explicou que as autoridades têm a obrigação de liberar toda a informação necessária para encontrar as crianças e que isto "é importante para readquirir a confiança dos moradores do estado, e um dos modos de fazê-lo é sermos muito mais transparentes".

A decisão de Bush parece ser uma resposta a uma ação de jornal da Flórida que, em três horas e mediante telefonemas, encontrou nove crianças declaradas desaparecidas pelo DCF.

Na ação contra o DCF o jornal "Sun Sentinel" diz que sua investigação proporcionou "provas contundentes das falhas catastróficas do DCF" e pede acesso aos arquivos do organismo.

A eficiência do DCF foi alvo de fortes críticas, que entre outras coisas levaram à renúncia de sua chefe, Kathleen Kearney, em 14 de agosto.

Entre os casos mais destacados das centenas de menores desaparecidos está o da menina afro-americana, Rilya Wilson, de cinco anos, cujo paradeiro é desconhecido desde fevereiro de 2001.

Wilson estava sob custódia do estado, e se passaram 15 meses até que funcionários do DCF descobrissem que tinha desaparecido.

O caso de Wilson se soma ao de Alfredo Móntez, de dois anos, Uma assistente social do DCF disse em um relatório oficial que estava em perfeitas condições, contradizendo um relatório policial prévio que informava que o menor havia morrido em conseqüência de uma surra.

Há poucas semanas, outra assistente social do Departamento foi detida bêbada quando dormia em seu automóvel com um menino no banco traseiro.