Um dos supostos autores dos atentados de 11 de março de 2004 em Madri, que deixaram 191 mortos e 1.841 feridos, teria morrido em outubro ou em novembro de 2006 em combates no Iraque, garantiu a edição deste domingo do jornal El País.

O argelino Daoud Ouhnane, último foragido vivo dentre os considerados autores do ‘11 de Março’, morreu no Iraque "durante um enfrentamento com efetivos militares da coalizão", segundo o último informe sobre a investigação policial do atentado espanhol.

A Espanha ficou sabendo do ocorrido há alguns meses "por Serviços de Inteligência estrangeiros", que afirmam que a morte de Ouhnane "foi atestada por seus companheiros".

O relatório informa que, até a data de sua morte, o argelino manteve contatos com células islâmicas instaladas na Catalunha durante 2005 e 2006.

As digitais de Ouhnane tinham sido encontradas no carro que serviu para transportar as bombas utilizadas nos atentados contra os trens nos arredores de Madri.

O argelino teria entrado no Iraque depois de passar pela Turquia e pela Síria.

O processo judicial contra os supostos autores e mentores intelectuais dos atentados de 11 de março de 2004, os piores na história da Espanha, foi realizado em Madri durante o primeiro semestre de 2007. A Justiça espanhola pronunciará seu veredicto em 31 de outubro.

Os 28 acusados pelos atentados, reivindicados pela Al Qaeda, podem ser condenados a penas que, somadas, chegam a 311.865 anos de prisão.

Durante o julgamento, os acusados defenderam sua inocência, e negaram qualquer vínculo com movimentos radicais islâmicos ou a Al Qaeda.