Os projetos do setor de energia elétrica que estão sendo analisados ou em vias de aprovação este ano pelo no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) deverão receber financiamento de R$ 7,7 bilhões da instituição. Segundo o presidente do banco, Demian Fiocca, os 39 projetos deste setor enquadrados em 2006 representam investimentos de R$ 13,4 bilhões.

No período de 2003/2006, o BNDES aprovou 129 projetos de energia elétrica, somando financiamentos R$ 16,5 bilhões, que viabilizaram investimentos de R$ 33,5 bilhões no país. Destes, 84 projetos eram referentes à geração de 11.598 megawatts (MW) de energia e receberam do banco financiamentos de R$ 10 bilhões. Em transmissão e distribuição de energia foram aprovados 45 projetos, com empréstimos de R$ 6,5 bilhões.

Demian Fiocca informou que o total de financiamentos concedidos pelo BNDES na área de energia elétrica, incluindo projetos aprovados e em andamento, desde 2003, chega a R$ 24,2 bilhões  e alavancaria cerca de R$ 47 bilhões de investimentos. De acordo com Fiocca, existem ainda outros em perspectiva, como as usinas de Santo Antonio e Jirau, no Rio Madeira.

"Os projetos aprovados é que dão a noção se o setor está se movimentando ou não. O projeto aprovado indica a quantos empreendimentos efetivamente o BNDES ofereceu linhas de crédito, e os empreendedores quiseram fazer. O desembolso depende da negociação financeira  e do andamento das obras”, explicou.

Dentre os projetos enquadrados pelo banco este ano, destaca-se o da Usina Hidrelétrica de Foz do Chapecó, com 850 MW de capacidade instalada no sul do país, cuja análise está em fase final no BNDES. Segundo o chefe do Departamento de Energia Elétrica do banco, Nelson Siffert, o projeto deverá apreciado pela diretoria do banco em janeiro de 2007.

Siffert destacou também o projeto de Estreito, no Rio Tocantins, com capacidade instalada de 1.085 MW, cuja licença ambiental foi aprovada na semana passada. "São seis projetos  de geração hídrica, todos eles de controle majoritariamente privado, cujas obras devem começar em 2007. Estamos trabalhando para isso". Ele disse que, pelos sinais dados pelos empreendedores, o aumento da oferta de energia deverá ocorrer a partir de 2009.