Desde segunda-feira o estacionamento rotativo de São Caetano opera com o reforço de 300 vagas. Ao todo, a Zona Azul do município ganhou nesta semana nove espaços espalhados por vias do Centro e bairro Santa Paula, que se somam aos 2.896 existentes hoje, totalizando 3.196 vagas.

A demarcação desses espaços foi feita nas ruas Amazonas, Francesco de Martini, Rafael Corrêa Sampaio, Maranhão, Nossa Senhora de Fátima, José Benedetti, Augusto de Toledo, Pedro José Lorenzini e Avenida Goiás. Dessas vias, somente uma não contava com o sistema de estacionamento rotativo.

De acordo com o diretor executivo da AssistPark, integrante do consórcio que administra a Zona Azul de São Caetano, Carlos Farache, a criação dessas vagas ocorre após estudo apontar potencial para as demarcações. “Foi feita análise técnica pela Prefeitura de São Caetano, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana, que indicou a necessidade dessas vagas. O principal objetivo da medida é democratizar o uso dos espaços”, avalia.

Na visão do presidente da Aciscs (Associação Comercial e Industrial de São Caetano), Mauro Laranjeira, a implantação é bem-vista por comerciantes da cidade. “Você gera maior rotatividade desses espaços, o que é muito positivo para o comércio do município. Vale lembrar que quando ficamos sem a Zona Azul (em 2014) os estabelecimentos sofreram muito”, relata.

Durante a fase de implantação das vagas, o consórcio responsável pelo sistema de estacionamento rotativo garantiu a presença de monitores para orientar motoristas. “Colocamos sinalização duas semanas antes avisando sobre a mudança, mas teremos profissionais nas áreas para dar suporte aos munícipes”, relata Farache.

Entretanto, ontem, no período da tarde, a equipe do Diário percorreu durante 45 minutos quatro trechos que ganharam vagas de Zona Azul e constatou que motoristas enfrentavam dificuldades para encontrar vendedores do talão do sistema rotativo.

“Acredito que a Zona Azul ajuda bastante a cidade, mas estou há um tempão procurando local para comprar talão e não acho”, relata o feirante Luiz Ferreira de Barros, 60 anos.

A dona de casa Ruth Rocha de Albuquerque, 45, teve a mesma dificuldade. “Além de não achar justa a criação de vagas, não encontro vendedores.”

De acordo com o consórcio, São Caetano conta com mais de 200 estabelecimentos que comercializam talões, além de 60 monitores para a realização do serviço.