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Polícia localiza 200 procurados ao mês por impressões digitais
Guilherme Russo
Do Diário do Grande ABC
05/02/2010 | 08:01
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Todos os meses, cerca de 200 pessoas identificadas a partir das impressões digitais são detidas pelas polícias. A grande maioria é de pais que não pagam ou atrasam as pensões alimentícias dos filhos. Quando vão renovar os documentos, os foragidos desavisados acabam capturados dentro ou nas imediações dos 23 poupatempos e 680 postos de identificação ativos em São Paulo.

Em janeiro, 12 pessoas nestas condições, quase uma a cada dois dias, foram detidas depois de tentar tirar documentos no Poupatempo de São Bernardo, único do Grande ABC. No Estado, foram 209 os capturados.

Os resultados se devem, principalmente, ao trabalho dos cerca de 700 papiloscopistas da Polícia Civil de São Paulo. Hoje é comemorado oficialmente o dia destes profissionais.

O papiloscopista é encarregado de classificar as impressões digitais de todos os cidadãos que tiram suas identidades, além de confrontar o dado biométrico apresentado por quem deseja tirar segundas vias das identidades com o registro já existente no IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt), que, sediado na Capital, controla o sistema em todo o Estado.

Responsável pelo instituto há 12 anos, o delegado divisionário Carlos Antonio Guimarães de Sequeira lembra que, quando participou da inauguração do Poupatempo de Jundiaí, no Interior, deteve um pai que não pagava pensão que foi reconhecido nestas condições.

Ele vê a digitalização total do sistema e o trabalho dos papiloscopistas como as principais ferramentas para a eficiência na emissão das identidades e localização, pelo Dird (Departamento de Identificações e Registros Diversos), para a captura de procurados.

"Emitimos 14 mil RGs (Registros Gerais) por dia, entre 1ª e 2ª vias", conta. Segundo o delegado, a maioria dos documentos é emitida para migrantes, nascidos em outros Estados e para crianças que obtêm a identidade pela primeira vez.

Sequeira informa que São Paulo é o único Estado do Brasil que confronta todas as segundas vias das identidades com os registros feitos quando os cidadãos ainda eram menores, para evitar falsificações. A comparação dos papiloscopistas é minuciosa e, segundo Sequeira, busca o "erro zero".




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