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Nigeriana condenada a morte por adultério é libertada
Do Diário OnLine
25/03/2002 | 11:14
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A nigeriana acusada de adultério e havia sido condenada a morte teve sua apelação concedida pela Justiça da Nigéria. Safiya Hussaini Tungar-Tudo, 35 anos, foi libertada nesta segunda-feira.

O caso de Safiya atraiu atenção da comunidade internacional e aumentou a tensão religiosa na nação mais populosa da África - onde centenas de pessoas morreram em choques entre católicos e muçulmanos.

O tribunal islâmico da cidade de Sokoto, no Norte do país, anulou o julgamento de uma outra corte, que havia condenado Safiya à morte por adultério. A defesa argumentou que o veredicto anterior não tinha bases legais.

Mohamed Tambari-Uthman, presidente do Alto Tribunal da Sharia (lei islâmica) de Sokoto, explicou que a condenação à morte por lapidação ditada no ano passado contra Safiya era inválida devido aos erros processuais.

Ao ouvir a sentença, Safiya ergueu os braços em sinal de alegria, soluçando, enquanto sua família, advogados e as pessoas que a apoiaram comemoravam.

O principal advogado de Safiya, Abdulkadir Imam Ibrahim, disse que está “muito satisfeito” com esta sentença. “Estou feliz pelos juízes, pelos direitos humanos e pela comunidade internacional”.

Em outubro do ano passado, um tribunal islâmico de instância inferior condenou Husaini a morrer apedrejada por adultério, ao dar a luz a um menino fora do casamento.

Condenação- Ao mesmo tempo em que Safiya era absolvida, outro tribunal islâmico do Norte da Nigéria condenou à morte por apedrejamento uma outra mulher, também acusada de adultério.

Na última sexta-feira, Amina Lawal foi sentenciada pelo tribunal de Bakori, no estado de Katsina, depois de confessar ter dado a luz a um bebê após seu divórcio. Segundo a sharia, uma mulher divorciada é adúltera se mantém relações sexuais sem casar-se.




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