O caso de Safiya atraiu atenção da comunidade internacional e aumentou a tensão religiosa na nação mais populosa da África - onde centenas de pessoas morreram em choques entre católicos e muçulmanos.
O tribunal islâmico da cidade de Sokoto, no Norte do país, anulou o julgamento de uma outra corte, que havia condenado Safiya à morte por adultério. A defesa argumentou que o veredicto anterior não tinha bases legais.
Mohamed Tambari-Uthman, presidente do Alto Tribunal da Sharia (lei islâmica) de Sokoto, explicou que a condenação à morte por lapidação ditada no ano passado contra Safiya era inválida devido aos erros processuais.
Ao ouvir a sentença, Safiya ergueu os braços em sinal de alegria, soluçando, enquanto sua família, advogados e as pessoas que a apoiaram comemoravam.
O principal advogado de Safiya, Abdulkadir Imam Ibrahim, disse que está “muito satisfeito” com esta sentença. “Estou feliz pelos juízes, pelos direitos humanos e pela comunidade internacional”.
Em outubro do ano passado, um tribunal islâmico de instância inferior condenou Husaini a morrer apedrejada por adultério, ao dar a luz a um menino fora do casamento.
Condenação- Ao mesmo tempo em que Safiya era absolvida, outro tribunal islâmico do Norte da Nigéria condenou à morte por apedrejamento uma outra mulher, também acusada de adultério.
Na última sexta-feira, Amina Lawal foi sentenciada pelo tribunal de Bakori, no estado de Katsina, depois de confessar ter dado a luz a um bebê após seu divórcio. Segundo a sharia, uma mulher divorciada é adúltera se mantém relações sexuais sem casar-se.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.