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Clássico do Grrande ABC
terá policiamento especial
Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
25/03/2011 | 07:18
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Amanhã (18h30), o Estádio Bruno Daniel recebe o maior clássico do Grande ABC. Frente a frente e em situações opostas no Campeonato Paulista, Santo André e São Caetano duelam às 18h30. Como as torcidas têm histórico de confrontos nas proximidades da praça esportiva, o policiamento realizará planejamento diferenciado para a partida.

De acordo com o tenente Fábio Henrique Marotti, comandante do 1º Pelotão de Força Tática do 41º Batalhão da Polícia Militar, o jogo exige atenção especial. "Haverá reforço no policiamento em relação aos jogos normais, tanto dentro quanto fora do Estádio Bruno Daniel", disse ele.

Pela primeira vez na história do confronto, as torcidas ficarão lado a lado nas arquibancadas, em razão da interdição das cadeiras cobertas do Brunão. E isso gera maior expectativa para o policiamento. "Antes não tinha essa preocupação quando o estádio estava totalmente liberado, pois cada torcida ficava de um lado. Agora haverá tanto divisão com meio físico (policiais) quanto com o gradil", afirmou Marotti.

Os ônibus da torcida do São Caetano serão escoltados pelo batalhão de São Bernardo até o Bruno Daniel, onde serão recepcionados pelos policiais andreenses e encaminhados ao setor visitante. Com a chegada da caravana são-caetanense, a Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo será momentaneamente interditada, mas liberada logo em seguida.

Para evitar qualquer tipo de conflito ou problema no acesso ao estádio, a polícia pede aos torcedores que evitem levar garrafas, latas, rojões, material de queima, haste de madeira ou ferro. "Nada disso é permitido. Pedimos que os torcedores evitem portá-los", concluiu o tenente.

 

Baixas médias de público limitam cota a 2.100 ingressos

 

Independentemente da pompa de um clássico regional, andreenses e são-caetanenses não terão mais do que 2.100 ingressos disponíveis para assistir ao duelo de amanhã, no Bruno Daniel. Pelo fato de os clubes serem detentores de médias de público que não passam de 600 pessoas por jogo (descontados os duelos contra os grandes), o número de bilhetes à disposição é baixo. As bilheterias trabalharão de acordo com a demanda.

As vendas ocorrem desde terça-feira nos habituais postos da BWA, empresa que fornece as entradas: Bruno Daniel, Anacleto Campanella, Pacaembu, Canindé, Parque São Jorge, Ginásio de Esportes de Barueri e Torcida Fúria Andreense. Os preços seguem R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Maiores de 60 anos e menores de 12 anos não pagam. Basta apresentar documento.

 

Clássico opõe ataques ineficientes

 

Se o clássico de amanhã entre Santo André e São Caetano, válido pelo Paulistão, terminar em 0 a 0, não será surpresa a ninguém. Além de ser placar que já se repetiu três vezes no histórico de 21 confrontos, os dois times estão entre os piores ataques do Estadual.

Enquanto o Ramalhão foi às redes apenas 11 vezes em 15 rodadas e está em último no ranking, o Azulão balançou o barbante em 14 oportunidades, antepenúltimo - entre eles está o Ituano, com 13 tentos. O índice é muito inferior ao do Santos que lidera o ranking do quesito, com 34 gols.

Coincidentemente ou não, os dois artilheiros das equipes no Paulistão já se transferiram, casos de Nunes, autor de dois gols pelo Santo André e que atualmente está no Red Bull (equipe da Série A-2 do Paulista pela qual já marcou seis tentos), e Vandinho, que fez quatro gols pelo São Caetano antes de se transferir ao Alania, da Primeira Divisão russa.

Da parte do Azulão, o técnico Ademir Fonseca está satisfeito com a melhora do setor ofensivo, que marcou seis vezes nas últimas quatro rodadas do Paulistão - melhora considerável se levar em consideração que o time marcou apenas três gols nas quatro primeiras rodadas do torneio estadual.

"São poucos gols pelos atacantes que temos, mas noto evolução nos últimos jogos", afirmou o treinador que, apesar de lamentar a saída de Vandinho, celebra a disposição com a qual Eduardo o substitui. "Ele está até saindo das suas características, buscando mais o jogo, saindo da área e ajudando a equipe", salientou Fonseca.

No Santo André, se comparado o mesmo período do rival no Paulistão, foram apenas três gols. "A fase realmente não é boa. Marquei dois gols em 11 jogos, então a média é muito fraca. Penso nisso todos os dias. Temos de treinar, aperfeiçoar a finalização, para quando a chance pintar, possamos fazer", disse o atacante Rychely, que perdeu a posição para Borebi antes deste se lesionar, mas voltou ao time contra a Portuguesa, anteontem. "Atacante é assim: se não faz gol, muda", afirmou o jogador andreense.

Pode-se perceber o quão ineficiente é o ataque andreense quando, após 18 jogos na temporada, o artilheiro do time ter apenas três gols, caso do centroavante Célio Codó. "Não podemos errar tanto. Precisamos acreditar mais", salientou Sandro Gaúcho.

 

Borebi passa por cirurgia e fica 15 dias fora

 

O Santo André não poderá contar com o atacante Borebi nas duas próximas rodadas do Campeonato Paulista. O jogador, que já ficou de fora da partida de quarta-feira, contra a Portuguesa, passou ontem por cirurgia no menisco lateral do joelho esquerdo. Segundo o médico do Ramalhão, Eduardo Almeida, a intenção é ter o atleta novamente em 15 dias.

"Vamos tentar recuperá-lo até o jogo de volta da Copa do Brasil contra o Sampaio Correa (dia 6, no Bruno Daniel). Normalmente, o tempo recomendado é de 30 a 45 dias, mas tentaremos antecipar utilizando um protocolo avançado com ele, que inicia trabalho intenso a partir de amanhã (hoje)", disse o médico

Remanescente do grupo do ano passado, Borebi não se firmou no atual time titular andreense. Mesmo assim, participou de 12 partidas no Paulistão e marcou um gol, no empate contra o Mogi Mirim (1 a 1).

TIME

Ontem, os jogadores que enfrentaram a Portuguesa na quarta-feira fizeram trabalho regenerativo. Para o jogo de amanhã, contra o São Caetano, Sandro Gaúcho terá de volta os zagueiros Marcelo Godri e Vitor Hugo, além do meia Allan, que estavam suspensos.

Por outro lado, o lateral-direito Iran e o volante Magno estão fora, justamente por terem recebido o terceiro cartão amarelo no Canindé.

Ademir Fonseca conta com a paz no dérbi

 

Marco Borba

 

Ciente da rivalidade entre os clubes e as torcidas, o técnico Ademir Fonseca espera que, apesar das necessidades das duas equipes, o clima seja de paz dentro e fora de campo no Bruno Daniel."É jogo difícil. Os dois lados precisam vencer. É rivalidade de grandes jogos, mas espero que não haja violência", disse ele.

O treinador lamenta o momento vivido pelo Ramalhão e diz não entender porque o clube passa por momento difícil. "Conheço a comissão técnica e o time tem jogadores de qualidade. É difícil explicar porque estão nessa situação. No entanto, temos de fazer nosso papel para tentar a vitória e seguir com chances de classificação para a próxima fase (do Campeonato Paulista)", avaliou Fonseca.

Feliz com a boa fase no time, o meia Ailton prevê outro jogo "complicado" para o São Caetano diante do Ramalhão. No entanto, avalia que a equipe tem totais condições de surpreender fora de casa.

"É clássico e há respeito dos dois lados. Infelizmente eles não vivem bom momento, mas também precisamos da vitória. Evoluimos nos últimos jogos e acredito que temos condições de chegar lá e conquistar um bom resultado", disse o meio-campista.

Com o gol marcado diante do Bragantino, Ailton segue vice-artilheiro do São Caetano no Paulista, com quatro gols (um a menos que Vandinho). O atacante se transferiu para o futebol russo no início do mês.

O lateral-direito Artur, que fez o primeiro gol, vem a seguir, com três. Após o jogo com o Bragantino, foi elogiado por Fonseca. "Está crescendo com o time. Acho que caiu um pouco, porque parece que tinha sondagem do Fluminense, que não se concretizou. Acho que isso o desestabilizou, mas acho que já se desligou e por isso tem feito bons jogos", disse.

O time treina hoje à tarde para o clássico.




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