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Muitos dos prisioneiros choravam e ajoelharam-se para beijar o solo iraquiano logo depois de passar a linha fronteiriça de Al Munziriya, 193 km a nordeste de Bagdá.
Durante uma hora, os recém-libertados desfilaram ante uma banda de música e entre os gritos de júbilo de seus parentes reunidos aos milhares e que gritavam "Alá é grande", exibiam bandeiras iraquianas e fotos do presidente Saddam Hussein.
A alegria misturou-se com a decepçao de muitos familiares que foram à fronteira receber os parentes e descobriram que os mesmos encontram-se desaparecidos e que nao há notícias sobre seu paradeiro.
As autoridades iraquianas anunciaram que vao entregar a cada prisioneiro libertado 300 mil dinares (US$ 150), "uma doaçao do presidente Saddam Husein" para ajudá-los a refazer a vida.
A chefe da delegaçao do Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Bagdá, Beat Shweizer, indicou que o Ira vai libertar outros tantos prisioneiros nos próximos três dias.
Fahmi al Qayssi, encarregado da questao dos prisioneiros no ministério iraquiano das Relaçoes Exteriores, indicou que o Ira deve libertar no total 1. 879 prisioneiros no espaço de quatro dias.
Se esta cifra for confirmada, o número de prisioneiros iraquianos registrados no Ira cairia para 9 mil, segundo Al Qayssi, que assegura que o número de desaparecidos chega a 60 mil.
Segundo Teera, o número de soldados iranianos detidos no Iraque chega a 2. 806.
O problema dos prisioneiros de guerra constitui o principal obstáculo para a normalizaçao das relaçoes entre ambos países, protagonistas de uma brutal guerra de 1980 a 1988 e que causou milhares de mortos em ambos os grupos.
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