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Otan decide por forte resposta aos talibãs no Afeganistão
Da AFP
26/01/2007 | 15:19
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Os países membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) concordaram nesta sexta-feira, em Bruxelas, aumentar os esforços no Afeganistão para responder a uma esperada ofensiva da insurgência talibã. A entidade está Impulsionada pelos Estados Unidos e pelo renovado compromisso em dinheiro e tropas,

"A mensagem foi clara: a comunidade internacional quer manter a iniciativa no Afeganistão", disse o secretário-geral da Otan, Jaap de Hoop Scheffer, ao final de uma reunião informal de ministros de Relações Exteriores dos 26 membros da Aliança Atlântica.

"Os aliados vão incrementar seus esforços econômicos, militares e civis", afirmou o porta-voz da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) James Appathurai, ao se referir ao compromisso assumido.

Durante a reunião, a secretária de Estado americana, Condoleeza Rice, apresentou aos aliados a oferta americana de oferecer US$ 10,6 bilhões para os dois próximos anos. Além de manter no Afeganistão, durante mais quatro meses, dos 3 mil soldados em serviço no país.

Diante da perspectiva de novos ataques da insurgência talibã assim que as condições climáticas permitirem, a partir de abril ou maio, Rice convocou os aliados a lançarem uma campanha em várias frentes.

"Se houver uma 'ofensiva de primavera', deve ser a nossa ofensiva. Deve ser uma campanha política, uma campanha econômica, uma campanha diplomática e, também, uma campanha militar", afirmou Rice, segundo o texto distribuído à imprensa por autoridades americanas.

Quanto à necessidade do envio de mais tropas para enfrentar os talibãs, o secretário-geral da Otan disse que a questão "será discutida em Sevilha", durante a reunião de ministros de Defesa da Aliança Atlântica prevista para 8 e 9 de fevereiro.

A Otan lidera no Afeganistão a  Isaf (Força Internacional de Assistência à Segurança), composta por 33 mil soldados de 37 países e cujo objetivo é ajudar o fraco governo central do presidente Hamid Karzai.

Mas a missão da Isaf enfrenta o forte desafio da milícia talibã, retirada do poder no fim de 2001 por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos, mas cada vez mais presente no sul e no leste do país.

Cerca de 4 mil pessoas morreram em atos de violência no Afeganistão em 2006, ano em que foram cometidos cerca de 140 atentados suicidas, o que representa uma inquietante alta com relação a 2005, quando foram registrados 27.

Entre os receios dos membros da Otan está a demora nas tarefas de reconstrução do país fortaleça a posição dos fundamentalistas. "Reconhecemos que há muito mais por fazer, mas há oportunidades e desafios. Precisamos de um enfoque abrangente, que signifique que podemos resolver todos os problemas, incluindo a corrupção e o tráfico de ópio", disse a ministra britânica Margaret Beckett.

A questão do cultivo de papoula é outra das preocupações da Otan, já que a produção disparou 61% no Afeganistão em 2006, no que se considera outro feito do movimento talibã, que, segundo os Estados Unidos, utiliza o montante arrecadado com a venda da droga para comprar armas e captar novos adeptos.




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