As trabalhadoras rurais querem que o governo realize uma campanha nacional para regularizar a situaçao das mulheres do campo; priorizar o acesso das mulheres às políticas públicas de reforma agrária; garantir e ampliar os direitos sociais, desde melhores condiçoes de financiamentos até questoes previdenciárias; assegurar acesso aos meios de comunicaçao e combater às formas de discriminaçao e violência sexual. A reuniao foi rápida e o presidente mal cumprimentou uma a uma das dez representantes do movimento. Apenas ouviu as queixas e pedidos, falando rapidamente em seguida.
"Foi um encontro positivo. O presidente ouviu as reivindicaçoes e demonstrou interesse pela luta (das Margaridas) e aproveitou para defender o acesso das mulheres à terra", disse o porta-voz da Presidência, Georges Lamazière. "Nós nao viemos aqui para brincadeira. Entregamos a íntegra com a lista de reivindicaçoes para o presidente e esperamos uma resposta até 17 de outubro - quando será encerrada Marcha Mundial de Mulheres que reúne 155 países", disse a coordenadora do movimento, Raimunda Celestina de Macena.
Na vigília desta quinta, as Margaridas se juntarao aos sem-terra. No entanto, o esforço é para que nao haja confrontos nem divergências entre os dois movimentos. "O importante é que o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) nao fique absorvido pelas Margaridas nem o contrário aconteça", ressaltou o presidente da Contag, Manoel dos Santos. "Tudo deve ser de comum acordo. Nao se pode misturar os movimentos de tal forma que um deles desapareça", completou.
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