A categoria quer pedir o arresto de duas aeronaves da empresa para garantir o pagamento dos salários atrasados e dos benefícios dos funcionários que tiveram o contrato rescindido.
O Ministério Público do Trabalho deu prazo até esta terça-feira para que a Transbrasil apresente uma nova proposta para o pagamento dos salários atrasados dos seus funcionários.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Aeroviários de São Paulo, Uébio José da Silva, a categoria deve entrar com uma ação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para garantir os benefícios e os direitos do trabalhador. Ele ainda informou que pode pedir o arresto das aeronaves para garantir o pagamento do quadro de funcionários da empresa. Os cerca de 2 mil funcionários da empresa vão ficar parados até que a Transbrasil se pronuncie sobre o assunto.
Em protesto no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, os funcionários pediram o pagamento dos salários. Eles invadiram a margem da pista, mas deixaram o local em poucos minutos.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, compareceu ao protesto realizado no Aeroporto. Paulinho afirmou que vai tentar viajar ainda nesta terça à Brasília para pedir ao presidente Fernando Henrique Cardoso a redução dos impostos que, segundo ele, chega a 45%.
A Transbrasil, em comunicado divulgado nesta segunda, explicou que as atividades estão suspensas pela falta de pagamento com a Shell e, por essa razão, as aeronaves não estão sendo abastecidas - o que impede o cumprimento de suas atividades.
Crise — A Transbrasil tem dívida acumulada de US$ 300 milhões. Em menos de um ano, a companhia reduziu as aeronaves de 20 para nove. Três mil funcionários foram demitidos desde dezembro de 2000.
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