Cíntia Bortotto Titulo Carreira
Contrate melhor!
Cíntia Bortotto
07/03/2016 | 07:25
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Em tempos de crise, temos mais pessoas disponíveis no mercado de trabalho. Segundo relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho) divulgado em janeiro, o Brasil terá uma das maiores altas no número de desempregados entre os países emergentes. Segundo a entidade, o índice subirá de 7,7 milhões em 2015 (7,2%) para 8,4 milhões em 2016 (7,7%), chegando à estabilidade em 2017.

Como os RHs (Recursos Humanos) podem aproveitar esta oportunidade? Nesta perspectiva, forma-se um fenômeno de oferta de mão de obra mais qualificada e com menor custo para o empregador, afinal, a oferta é menor do que a procura e, em geral, as pessoas aceitam ofertas de valor menor. Isso permite ao RH economizar custos de mão de obra na contratação, pois ele desenha as competências e habilidades necessárias para a posição e vai ao mercado procurar por profissional que mostre aptidão ao cargo. Como há muita demanda, é possível negociar salários menores. Isso é bom para os empresários e empresas, mas é difícil para os profissionais desempregados, que muito provavelmente terão de rever seu padrão de consumo diante do cenário econômico apresentado. E como a economia não é imune às questões políticas, o contexto não é promissor.

Empresas ágeis e inteligentes na gestão de seus recursos humanos não deixarão para trás essa oportunidade. Elas farão um bom exercício de análise de seus profissionais e darão oportunidade a novos funcionários, mais qualificados, muitas vezes fazendo a diminuição de headcount. E aproveitarão o momento para desligar empregados que não vinham apresentando boa produtividade ou bom comportamento.

Para não errar na contratação, o RH deve seguir os seguintes passos:

1 – Ter muita clareza do profissional que busca, portanto, elaborar bem com a requisição da vaga;

2 – Preparar-se para entrevista lendo o currículo com antecedência e investigando previamente o interesse do candidato;

3 – Não descartar candidatos qualificados acima da função, pode ser que em tempos de crise ele aceite uma posição de menor envergadura;

4 – Utilizar a técnica da entrevista por competência, que além de ser sem custo, é ótima para descartar candidatos que imaginam como fariam nas situações. Afinal, buscamos candidatos que já vivenciaram as situações para a maior parte dos cargos, certo?;

5 – Se for possível utilizar inventários comportamentais, testes psicológicos, testes de conhecimento e testes práticos;

É incrível como temos muita base para a tomada de decisão com um material mais objetivo.

Hoje, todas as áreas têm mais oferta que procura, com exceção de alguns setores de conhecimento específico, como TI (Tecnologia da Informação).

Portanto, o RH tem mais espaço para executar um de seus papéis neste momento político econômico sofrível de nosso País.

Siga confiante e boa sorte!
 




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