Os prêmios que antecedem o Oscar – considerados termômetros da premiação realizada no próximo dia 24 – andam desfavorecendo Ridley Scott, diretor de Falcão Negro em Perigo. Na noite de sábado foi divulgado o vencedor do DGA (Director’s Guild of America), prêmio concedido ao melhor diretor do ano. A ostentosa medalha de ouro foi para Ron Howard, que convenceu os membros da instituição com o trabalho feito em Uma Mente Brilhante, drama exibido em quatro salas da região.

Ridley Scott teve de se contentar com a medalha de prata, dada também aos outros indicados do ano: Baz Luhrmann (Moulin Rouge), Peter Jackson (O Senhor dos Anéis) e Christopher Nolan (Amnésia). Não deu outra: Scott fechou a já folclórica carranca de insatisfação. Repete-se assim a situação do ano passado, quando fez careta ao perder o DGA para Ang Lee (O Tigre e o Dragão) e o Oscar para Steven Soderbergh (Traffic). Na ocasião, o cineasta propagava pelo mundo a tragédia do monomito em Gladiador, protagonizado por Russell Crowe.

Também protagonizado por Crowe, Uma Mente Brilhante rendeu a Howard seu segundo DGA, prêmio que conquistou na década passada graças a Apollo 13 – desbancado no Oscar de 1996 por Mel Gibson e seu Coração Valente.