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Ampliação de balsa no Riacho vai ficar pronta apenas em 2017

Capacidade irá aumentar de 21 veículos para 38; investimento é de R$ 3 milhões

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
03/03/2016 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


A ampliação da balsa João Basso, que transporta moradores do Riacho Grande, em São Bernardo, tem previsão de conclusão para o segundo semestre de 2017. Segundo a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), responsável pelo serviço, a embarcação, que atualmente tem capacidade para 21 veículos, passará a transportar até 38, porém, a quantidade de pedestres será a mesma – 240 pessoas.

O investimento nas reformas de ampliação nas balsas que operam na Billings será de R$ 3 milhões. Conforme a empresa, os trabalhos já estão em andamento e são resultado de estudos que indicaram como melhor opção para ampliação a chamada jumborização das balsas. O processo consiste na realização de um corte transversal no casco da embarcação e inserção de outro conjunto de porões, aumentando a capacidade.

Anteriormente, a opção apresentada pela empresa era implantação de duas embarcações. A instalação tinha sido prometida para março de 2014. Segundo a Emae, a implantação de embarcações operando juntamente com as atuais se mostrou inviável devido às características das novas embarcações.

“Elas são projetadas para operar em travessias marítimas, possuindo calado maior (profundidade da água no ponto mais baixo da embarcação) e sistema de propulsão autônomo”, disse, em nota. A Billings exige embarcações com calado menor e opera com balsas tracionadas por cabos de aço.

Enquanto isso não acontece, moradores enfrentam longas filas, que podem chegar a até duas horas no horário de pico. O comerciante Edson Sene, 52 anos, é diretor do Fórum de Reivindicação Pós-Balsa, fundado pelos moradores. Em dezembro, 120 pessoas foram até o Palácio dos Bandeirantes tentar falar com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) sobre o assunto. “Protocolamos pedido para conversar com ele e solicitar balsas que transportassem o dobro da capacidade atual. Chegamos a ir cinco vezes até lá”, disse.

“Atravessamos diariamente pela balsa. Faço isso para trabalhar e também para ir ao mercado e farmácia. Sempre tem essa fila”, disse a ajudante Edna Luzia Santos, 54.

A oficial de escola Priscile de Oliveira, 32, costuma ler livros enquanto espera na fila da embarcação. “Por volta das 5h, muitas vezes chego a ficar mais de duas horas e esperar pelos menos cinco balsas.”

A Prefeitura de São Bernardo foi questionada pelo Diário sobre o projeto que previa a construção de uma ponte no local, porém, não respondeu até o fechamento desta edição.




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